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As mulheres, nos últimos 12 anos, ganharam mais espaço nos cargos executivos. É o que mostra uma pesquisa divulgada pelo site de empregos Catho, feita junto a 233 mil pessoas, em 2.100 cidades brasileiras. 

O destaque foi justamente em uma área na qual, historicamente, o público feminino reivindica maior espaço. O crescimento foi maior nas posições de liderança. Se, há algum tempo, a evolução profissional das profissionais era mais comum enas micro e pequenas empresas, as trabalhadoras brasileiras, de maneira geral, têm ganhado espaços mais valorizados também nas grandes companhias.

De acordo com os dados da Catho, para o cargo de vice-presidência, o aumento na participação de mulheres foi de 93,95%, o maior percentual. Logo em seguida vêm os cargos de gerência, com crescimento de 81,99% na ocupação pelo público feminino. Depois supervisor (79,36%), seguido de presidente (62,75%), coordenador (55,23%) e chefe (52%). Por último na lista vêm os cargos de encarregado (37,78%) e diretor (27,49%).

O maior acesso à educação entre as mulheres é um dos fatores preponderantes para este avanço nas colocações profissionais. Do total de matrículas no ensino superior brasileiro, segundo o último censo, 55% são de universitárias. Dos 876.091 que concluíram cursos de graduação, tecnólogo ou de licenciatura, 522.020, cerca de 60%, são do sexo feminino.

O avanço educacional e profissional das mulheres também foi destacado, no final de fevereiro, pela presidente Dilma Rousseff. No programa Café com a Presidenta, ela salientou que, desde 2011, das cerca de 4,5 milhões vagas de emprego com carteira assinada criadas no país, 2,3 milhões foram ocupadas por trabalhadoras, o que corresponde a 51,1% do total. 

Além disso, Dilma destacou que mais da metade das bolsas do Programa Universidade para Todos (ProUni) e dos financiamentos do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) foram concedidos a mulheres. Ela disse ainda que no Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), de cada dez alunos, seis são mulheres. 

Nas áreas de Recursos Humanos e Licenciatura, que tradicionalmente abrem mais vagas para o público feminino, o domínio ainda é delas, segundo a pesquisa da Catho. Destacam-se também, na hora de empregar mulheres, as áreas de Administração, Relações Públicas e, mais recentemente, Medicina e Saúde.

A maior ocupação de cargos de chefia não foi suficiente para acabar com a defasagem salarial das mulheres em relação aos homens. De acordo com a mais recente Pesquisa Salarial e de Benefícios da Catho, divulgada em fevereiro e realizada de três em três meses, os homens, de modo geral no Brasil, têm remuneração 18,6% maior que as mulheres. A pesquisa indicou que para o nível profissional os homens estão ganhando 34,51% a mais. A boa notícia é que a diferença caiu em 2,5% em relação à edição anterior do estudo.