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Quinta-feira, 27 de julho de 2012: Nos diários paulistas, a manchete praticamente unânime, com pequenas variações, externava o susto da mídia local frente à divulgação dos números da violência naquela metrópole.

Num dos dois principais jornais o destaque da primeira página informava: “Homicídios crescem 47% em São Paulo”. O outro, também com realce na capa, trombeteava: “Homicídios sobem 22% na cidade de SP no 1º semestre”. O foco do primeiro era o salto registrado no mês de junho de 2012, em relação ao apurado em junho de 2011. O outro tomava como base de análise o segundo semestre, daí a aparente disparidade de percentuais.

Numa das reportagens estava assinalado o cometimento de 2.185 “homicídios dolosos” no 1º semestre deste ano contra 2.014 registrados em igual período do ano passado. Noutro, a avaliação dos números fatais era usada para alertar que a “capital [paulista] voltou a superar o patamar de 10 homicídios por 100 mil habitantes (taxa que a OMS considera epidemia)”. Abrindo o caderno C (cotidiano) de um desses diários a manchete era “Junho teve 14 mortes por dia em São Paulo”.

Em Alagoas, tomarmos como base o fim de semana anterior, aqui foram registrados 13 homicídios. Tudo indica que nosso Estado ainda manteria, no semestre, a pole position no ranking da morte violenta. Mas os paulistas sobressaltaram-se pelo questionamento óbvio ao que tem sido propalado por estudos como o tal “Mapa da violência no Brasil”, onde o fundo do poço dos assassinatos está incrustado no Nordeste, ao tempo em que Rio e São Paulo, tradicionalmente povoados por altos índices de violência urbana, teriam se convertido em áreas pacificadas.

Os números paulistanos lembram que as coisas (e as contas) não são tão simples assim. Por falar em contabilidade, uma das reportagens paulistanas dá conta que nos casos de mais de um assassinato numa mesma ocorrência, conta-se apenas um (1), pois “o caso é o mesmo”. Será que este é o critério usado para todo o Brasil?

Pelo sim pelo não, com dois mais dois sendo quatro ou cinco, a depender do método estatístico, o fato é que não é apenas Alagoas e o Nordeste que se esvaem em sangue. O crescimento do número de homicídios é um grande problema brasileiro. E merece ser objeto de uma política nacional de resgate da segurança pública.