fbpx
Customize Consent Preferences

We use cookies to help you navigate efficiently and perform certain functions. You will find detailed information about all cookies under each consent category below.

The cookies that are categorized as "Necessary" are stored on your browser as they are essential for enabling the basic functionalities of the site. ... 

Always Active

Necessary cookies are required to enable the basic features of this site, such as providing secure log-in or adjusting your consent preferences. These cookies do not store any personally identifiable data.

No cookies to display.

Functional cookies help perform certain functionalities like sharing the content of the website on social media platforms, collecting feedback, and other third-party features.

No cookies to display.

Analytical cookies are used to understand how visitors interact with the website. These cookies help provide information on metrics such as the number of visitors, bounce rate, traffic source, etc.

No cookies to display.

Performance cookies are used to understand and analyze the key performance indexes of the website which helps in delivering a better user experience for the visitors.

No cookies to display.

Advertisement cookies are used to provide visitors with customized advertisements based on the pages you visited previously and to analyze the effectiveness of the ad campaigns.

No cookies to display.

Fonte: Google

Fonte: Google

Um ofício enviado pelo MEC (Ministério da Educação) aos dirigentes de institutos federais nessa quarta-feira (19) pede que as unidades informem à Setec (Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica) se há ocupação em alguma de suas unidades e identifiquem seus ocupantes nos próximos cinco dias.

“Solicito manifestação formal acerca da existência de eventual ocupação dos espaços físicos das instituições sob responsabilidade de Vossas Senhorias, procedendo, se for o caso, a respectiva identificação dos ocupantes, no prazo de 5 dias”, diz o texto.

A urgência, de acordo com o documento, seria por conta da realização da próxima edição do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), previsto para os dias 5 e 6 de novembro. Há ocupações de estudantes em institutos federais do Paraná desde o início do mês. Os alunos protestam contra a Reforma do Ensino Médio e a PEC do teto de gastos públicos (PEC 241).

Segundo o ministério, o pedido de informações visa cumprir a “responsabilidade legal de zelar pela preservação do espaço público e de garantir o direito dos alunos de acesso ao ensino e dos professores, de ensinar”, informou em nota.

Para o advogado Ariel de Castro Alves, coordenador estadual do Movimento Nacional dos Direitos Humanos, o pedido do MEC tem o objetivo de individualizar as condutas, visando criminalizar os estudantes. Apesar de não existir proibição legal para a individualização e identificação dos ocupantes, submeter adolescentes a constrangimentos configura crime previsto no ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).

“Com a individualização, o governo pretende ingressar com reintegrações de posse contra os ocupantes. Também pretendem acusá-los de danos ao patrimônio público, desacato a autoridade e outros crimes, como ocorreram em algumas ocupações de escolas de São Paulo. Com isso os dirigentes também pretendem ameaçar e constranger os ocupantes. Inclusive perante os demais estudantes que não estão participando de ocupações”, afirmou.

Segundo o Ministério da Educação, a Advocacia Geral da União já foi acionada pelo MEC e estuda as providências jurídicas cabíveis para os responsáveis pelas ocupações.

“Há relatos que dão conta da presença de pessoas que não pertencem à comunidade dos institutos federais ocupados. Cabe aos reitores, diretores e servidores públicos, zelarem pelo patrimônio das entidades que dirigem, de acordo com a autonomia prevista em Lei. Ao MEC, cabe acompanhar para que não haja prejuízos à educação, ao patrimônio público e ao erário.”

Daniel Cara, coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, também discorda com o pedido da pasta e questiona: “Qual é o sentido do MEC obter uma lista dos estudantes?”

“A única justificativa que se pode deduzir é a perseguição ao aluno, especialmente daqueles que lideram o legítimo pedido por uma educação pública de qualidade”, comentou.