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Crise econômica e queda nos contratos do Fies contribuem para cenário

Instituições de pequeno porte são as mais afetadas - Paula Giolito / Agência O Globo Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/sociedade/educacao/inadimplencia-em-universidades-privadas-cresce-129-19692543#ixzz4EDJFAIu2  © 1996 - 2016. Todos direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A. Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.

Instituições de pequeno porte são as mais afetadas – Paula Giolito / Agência O Globo

RIO- O índice de inadimplência nas universidades privadas do país aumentou 12,9% em relação a 2014, como reflexo da crise econômica. É o que diz o relatório anual do Sindicato das Mantenedoras do Ensino Superior (Semesp). A análise revela que, em 2015, as mensalidades com mais de 90 dias de atraso no pagamento atingiram os 8,8%. Em 2014, o percentual era de 7,8%.

A taxa é a maior desde 2010, quando foi registrado índice de 9,6%. As instituições mais afetadas pela inadimplência são as de pequeno porte. As universidades com até 2 mil alunos têm uma taxa de 10,4% das matrículas com pagamento atrasado.

– A alta na inadimplência no ensino superior pode ser explicada pela crise macroeconômica e política que o país enfrenta, pelo corte de recursos do financiamento estudantil do Governo Federal, o Fies, ocorrido no final de 2014, e também pela queda acentuada no número de contratos novos em 2015- explica o diretor executivo do Semesp, Rodrigo Capelato.

O índice de atraso de até 30 dias também cresceu. Segundo o relatório, 14,8% das matrículas de 2015 estão nessa situação. Em 2014, a taxa era 13,2%.

O calote nas universidades foi tão significativo que, de acordo com a pesquisa, foi superior à taxa de inadimplência de pessoas físicas no país, que, em 2015, ficou em 6,2%.

Apesar do cenário preocupante, o estudo aponta que a expectativa para 2016 é que o índice de inadimplência nas universidades fique estável. A projeção foi feita levando em consideração a série histórica de crescimento nos contratos do Fies, o índice de atividade econômica, entre outros indicadores.