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Decisão foi tomada após assembleia na tarde de quarta-feira (6).
Alunos disseram que reitor se comprometeu a garantir avanços.

Estudantes fazem passeata pelo campus na madrugada desta quinta-feira (Foto: Reprodução EPTV)

Estudantes fazem passeata pelo campus na madrugada desta quinta-feira (Foto: Reprodução EPTV)

Estudantes desocuparam o prédio da reitoria da Unicamp na manhã desta quinta-feira (7). Eles permaneceram na sede da administração universitária por 59 dias em protesto contra cortes anunciados na instituição da ordem de R$ 40 milhões. O grupo reivindica ainda mais moradias e cotas raciais. A decisão foi tomada em uma assembleia na tarde de quarta-feira (6). Cerca de 100 alunos deixaram o prédio e depois realizaram uma passeata pelo campus. Na frente do grupo havia uma faixa com a inscrição:”Não nos calarão”.

Segundo os organizadores do movimento, a saída do imóvel foi definida depois que o reitor da universidade, José Tadeu Jorge, assinou um documento onde se comprometeu a garantir os avanços já conseguidos nas negociações e criar uma comissão para avaliar os possíveis excessos praticados por alunos, professores ou servidores durante a paralisação.

No entanto, os alunos informaram que a saída do prédio não significa o fim da greve, que começou no início do mês de maio.

Estudante retira colchão de dentro do prédio da reitoria da Unicamp (Foto: Reprodução EPTV)

Estudante retira colchão de dentro do prédio
da reitoria da Unicamp (Foto: Reprodução EPTV)

A Unicamp não comentou sobre esse possível acordo, mas confirmou a decisão dos alunos de deixar o prédio.

Trabalhadores
A greve dos funcionários técnico-administrativos da Unicamp completou 45 dias nesta quarta-feira (6).

Os servidores pedem reajuste salarial de 12,3%, mas a contraproposta do Conselho de Reitores das Universidades Estaduais de São Paulo (Cruesp) é de 3%. Os trabalhadores pararam as atividades no dia 23 de maio.

De acordo com o sindicato da categoria, os trabalhadores aprovaram também, em assembleia na terça-feira (5), dar um prazo até segunda-feira (11) para que a reitoria marque uma reunião para discutir os pedidos dos servidores. Eles querem ainda o retorno das negociações com o Cruesp.

O sindicato informou que o movimento tem adesões em todas as áreas da universidade, exceto na saúde. Segundo o site da Unicamp, o quadro atual é composto por quase 8,5 mil técnico-administrativos. Uma nova assembleia dos trabalhadores está marcada para a terça-feira (12).

Questionada pelo G1 sobre a greve dos trabalhadores, a Unicamp disse que aguardará comunicado oficial sobre a continuidade do movimento e que a paralisação dos servidores é parcial, com pequena influência nas atividades da universidade.

A instituição destacou também que as aulas estão normalizadas.

Atividades conjuntas
Durante a assembleia, os trabalhadores também votaram a favor da intensificação das atividades conjuntas com os estudantes, que estão em greve desde o início de maio.

Na reunião foi aprovada a campanha unificada com os alunos “Quem luta pela educação não merece punição”, com o objetivo de evitar que a Unicamp use a força e a perseguição, segundo o sindicato.

Professores
Na quinta-feira (30), os professores da Unicamp decidiram após uma assembleia suspender a greve iniciada no dia 1º de junho e aceitar a contraproposta de 3%. A categoria reivindicava 12% de aumento salarial.

Os professores aceitaram suspender o movimento depois que a universidade se comprometeu a reabrir as negociações quando o estado recuperar a arrecadação do ICMS.

Apesar da decisão, os docentes disseram que mantêm a mobilização chamada de “Luta em defesa da universidade pública, gratuita, de qualidade e socialmente referenciada”. A organização disse que continuará com a comissão que vinha negociando com a instituição.

Funcionários da Unicamp estão em greve em Campinas (Foto: Roberta Steganha/ G1).

Funcionários da Unicamp estão em greve em Campinas (Foto: Roberta Steganha/ G1).