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Cerca de 100 estudantes ocuparam a Faculdade de Educação na quarta (4).
Unicamp vai economizar em 25% despesas das faculdades e dos institutos.

Estudantes da Unicamp em Campinas (SP) ocuparam a faculdade de Educação e iniciaram uma paralisação contra os cortes de verbas na universidade. A ocupação teve início no fim da noite desta quarta-feira (4) após assembleia entre os alunos.  Pelo menos 100 universitários ocupam o prédio.

A estudante de Pedagogia Victoria Ferraro Lima Silva, de 21 anos, está entre os alunos da ocupação. Segundo ela, o movimento também pede a criação de cotas raciais na Unicamp, a ampliação do número de vagas na moradia e de bolsas do Serviço de Apoio ao Estudante (SAE).
“Eles anunciaram que farão cortes na faculdade de Educação, como verba de impressão para os estudantes e cortes na contratação de professores. Além disso, a gente pede a aprovação de cotas raciais na graduação, mas principalmente a ampliação da política de permanência. A Unicamp anunciou que no último vestibular entraram muitos estudantes de escola pública e negros. Porém, não adianta se esses alunos não conseguem permanecer na universidade”, explica Victoria.

Estudantes pedem a criação de cotas raciais na universidade (Foto: Reprodução EPTV)

Estudantes pedem a criação de cotas raciais na universidade (Foto: Reprodução EPTV)

Atualmente, a moradia estudantil da Unicamp conta com 940 vagas, segundo o Diretório Central dos Estudantes. O movimento da ocupação pede que sejam disponibilizadas ao menos 3 mil vagas, o que refletiria 10% do total de alunos da universidade. O DCE apoia ainda que o corte de verbas das faculdades seja feito em outros setores, como nos salários dos professores e dos funcionários da reitoria.
Além da faculdade de Educação, estudantes do Instituto de Artes (IA) e o Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) também estão paralisados. O DCE informou que a Unicamp pretende cortar 25% da verba de cada faculdade e dos institutos. Os alunos da ocupação farão uma assembleia na noite desta quinta-feira para definir se o movimento seguirá ao longo do fim de semana.

A reitoria da universidade, por sua vez, negou que tenha feito algum corte no orçamento deste ano. A assessoria da Unicamp informou que houve uma contenção de gastos por conta da queda na arrecadação. A universidade não comentou sobre o aumento de vagas da moradia ou a criação de cotas raciais na graduação.