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Estudantes da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), no interior do Ceará, protestam há dois dias contra o atraso no repasse do auxílio moradia. Por conta da falta da verba, os estudantes dizem que foram despejados das residências alugadas na cidade de Redenção. Eles chegaram a acampar, em protesto no campus na universidade. As informações foram enviadas por alunos da universidade pela ferramenta VC no G1. Em nota, a Unilab, afirma que as duas únicas barracas montadas apenas na tarde da terça-feira (22) no pátio da Unilab foram recolhidas pelos próprios estudantes no mesmo dia, após as ações de mobilização deles.

“Eles querem tratar o estudante com as diretrizes da Unilab, de garantir direitos, mas a gente não está vendo isso. Não temos moradia na universidade. A situação é mais preocupante ainda para os estudantes que estão chegando, que não têm auxílio e não têm onde ficar”, diz o estudante Faustino Manoel, do Conselho Estudantil. 

‘Não há registro formal de despejo’
A universidade afirma que não há registro formal de caso de estudante despejado de sua moradia por ocasião do atraso no repasse de auxílio. “Neste mês de maio a Unilab completará apenas três anos de efetiva atuação e, portanto, está visivelmente em pleno processo de estruturação física e acadêmica. O Campus das Auroras, que está sendo construído entre as cidades de Redenção e Acarape, abrigará a residência universitária. Enquanto isso, os estudantes alugam imóveis nas proximidades dos campi por conta própria, tendo como suporte o auxílio-moradia e o auxílio-instalação, oriundos do Programa de Assistência ao Estudante, da Unilab. Deste modo, a forma de ocupação desses imóveis é de responsabilidade exclusiva dos estudantes. Além disso, a oferta imobiliária das cidades de Redenção e Acarape é algo que vai além da atuação da universidade”, diz a nota.

A Unilab recebe alunos de países de língua portuguesa, na maioria de Guiné Bissau. Os estudantes recebem um auxílio de R$ 380 para pagamento de aluguel e alimentação. Sem o valor, os estudantes estão se alimentando no restaurante universitário, que serve alimentação gratuita por conta da situação.

A instituição afirma que já concluiu um acordo com o Ministério da Educação para receber o valor equivalente à verba destinada aos estudantes. Segundo a Unilab, a “estimatimativa” é de que o valor estará depositado na conta dos alunos a partir de quinta-feira (24).

Os estudantes reclamam também da qualidade da alimentação servida. “Não existe água potável. Nós passamos três dias, com dezenas de alunos, e eles providenciaram apenas um garrafão de água, o que não foi suficiente”, reclamam a estudante, Valônia Lemos.