fbpx
Customize Consent Preferences

We use cookies to help you navigate efficiently and perform certain functions. You will find detailed information about all cookies under each consent category below.

The cookies that are categorized as "Necessary" are stored on your browser as they are essential for enabling the basic functionalities of the site. ... 

Always Active

Necessary cookies are required to enable the basic features of this site, such as providing secure log-in or adjusting your consent preferences. These cookies do not store any personally identifiable data.

No cookies to display.

Functional cookies help perform certain functionalities like sharing the content of the website on social media platforms, collecting feedback, and other third-party features.

No cookies to display.

Analytical cookies are used to understand how visitors interact with the website. These cookies help provide information on metrics such as the number of visitors, bounce rate, traffic source, etc.

No cookies to display.

Performance cookies are used to understand and analyze the key performance indexes of the website which helps in delivering a better user experience for the visitors.

No cookies to display.

Advertisement cookies are used to provide visitors with customized advertisements based on the pages you visited previously and to analyze the effectiveness of the ad campaigns.

No cookies to display.

Por Aline Almeida, Diário de Cuiabá

Cursinho TransEnem BH prepara estudantes travestis e transexuais em Belo Horizonte e ajuda os alunos a transformar a realidade de exclusão educacional enfrentada por eles. Foto: Léo Rodrigues/Agência Brasil

Cursinho TransEnem BH prepara estudantes travestis e transexuais em Belo Horizonte e ajuda os alunos a transformar a realidade de exclusão educacional enfrentada por eles. Foto: Léo Rodrigues/Agência Brasil

O Brasil concentra 82% da evasão escolar de travestis e transgêneros. A informação é do defensor público João Paulo Carvalho Dias que é presidente da Comissão de Diversidade Sexual da Ordem dos Advogados do Brasil e membro conselheiro do Conselho Municipal de LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros) em Cuiabá.

João Paulo conta que a evasão ocorre pela não aceitação e pela falta de política inclusiva que faz com que este público evada para a prostituição, trabalho clandestino e desemprego.

No país o tempo de permanência de travestis no ambiente escolar limita-se a uma média de quatro anos. Mas, segundo o defensor público, um passo importante já foi dado para reverter esta realidade quando a presidente Dilma Rousseff (PT) assinou em 28 de abril, o decreto que permite o uso do nome social e o reconhecimento da identidade de gênero de pessoas travestis e transexuais no âmbito da administração pública federal direta, autárquica e em todos os órgãos públicos.

“Isso já é uma conquista muito importante. Quando não tem respeito ao acesso ao nome social ou o não acesso acaba por não promover a cidadania, a dignidade humana. Já tínhamos desde 2004 resoluções para o uso do nome social, com o decreto da presidente teve a regulamentação deste plano”, disse.

Para o defensor público é preciso reverter é disseminar políticas públicas LGBT, além de ações afirmativas para mudar o cenário que todo o país vive. “O avanço é um respeito a identidade de gênero bem como o direito de ser socialmente reconhecido, por conta do tom pejorativo que se dá de lançar um nome civil em órgãos públicos. É um constrangimento a pessoa de chamar pelo nome civil que já não utiliza, o decreto dá a deixa que nos registros oficiais a pessoa pode pedir a inclusão do nome social”, disse João Paulo.

Uma das primeiras travestis de Mato Grosso a obter o direito de usar o nome social no trabalho foi a professora Adriana Salles. Ela é professora da rede estadual aprovada no concurso público em 2001. Ela também tem um grande destaque no cenário nacional. Foi a segunda travesti do país a defender uma dissertação de mestrado, desenvolvida ao longo de quase dois anos, ‘Travestilidade e Educação’. O trabalho detalha a relação com o ambiente escolar de três alunas travestis da capital.

A pesquisadora confirma que durante as visitas constatou que o preconceito ainda é latente, ela afirmou que as práticas docentes ainda não contemplam a discussão.

Dados – Segundo a pesquisa “Juventudes na Escola, Sentidos e Buscas: Por que frequentam?”, 19,3% dos alunos de escola pública não gostariam de ter um colega de classe travesti, homossexual, transexual ou transgênero. O estudo ouviu 8.283 estudantes na faixa de 15 a 29 anos no ano letivo de 2013. Entre os entrevistados, 7,1% não queria ter travestis como colegas de classe. Homossexuais (5,3%), transexuais (4,4%) e transgêneros (2,5%).

O levantamento foi coordenado pela socióloga Miriam Abramovay e realizado com o apoio da Flacso-Brasil (Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais), OEI (Organização dos Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura) e do MEC (Ministério da Educação).