A pesquisadora Míriam Abramovay, coordenadora de Juventude e Políticas da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais, afirmou esta semana que os homens são mais homofóbicos que as mulheres. A conclusão deu-se após o término de uma pesquisa realizada em 2009, com estudantes de todo o país. Segundo Míriam, o estudo aponta que 45% dos homens não gostariam de ter colegas gays na classe, contra 15% das mulheres entrevistadas.
O levantamento mostrou também que quanto mais jovens os alunos, maior o grau de homofobia encontrado. “Esse dado ressalta o quanto é importante o trabalho de combate à homofobia nas escolas”, diz.
Em uma pesquisa anterior, 55% dos homens e 40% das mulheres relataram que não queriam ter, sequer, um vizinho LGBT. “Observamos que, quase sempre, nos levantamentos que fazemos, indiferente quer dizer sim, o que torna esses números muito chocantes”, argumentou.
Miriam Abramovay participou do seminário Plano Nacional de Educação – mobilização nacional por uma educação sem homofobia, promovido pelas Comissões de Legislação Participativa; de Direitos Humanos e Minorias; e de Educação e Cultura e, salientou a importância do combate à homofobia nas escolas.
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