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No primeiro semestre de 2014, o comprometimento acumulado do orçamento da USP (Universidade de São Paulo) com folha de pagamento foi de 105,5%.

Segundo comunicado da instituição encaminhado à comunidade acadêmica na última segunda-feira (14), esse é o maior índice de comprometimento já alcançado pela universidade desde o início de sua autonomia financeira.

 

O documento mostra que, de janeiro a junho deste ano, a USP gastou R$ 2,27 bilhões com salários, benefícios e provisão de 13º e férias a seus servidores. No entanto, os recursos repassados pelo Estado à instituição no mesmo período atingiram apenas R$ 2,15 bilhões.

— Somente no primeiro semestre, foram gastos R$ 139,6 milhões a mais do que em 2013, o que já consumiu a ‘Reserva de Ajuste’ aprovada em fevereiro de 2014 pelo Conselho Universitário (R$ 128 milhões), diz o informe.

Crise financeira 

Com arrecadação do ICMS (Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços)  menor do que a prevista, a universidade avalia que para atingir os R$ 4,6 bilhões estipulados para o seu orçamento em 2014, a arrecadação precisa crescer 13,8% no segundo semestre. No primeiro semestre deste ano, o crescimento foi de 5,3% comparado ao primeiro semestre de 2013.

Em comunicado encaminhado a comunidade acadêmica no dia 28 de abril, o reitor da universidade, Marco Antonio Zago, anunciou uma crise financeira na instituição. Na época, foi informado que, no final de 2012, o orçamento da universidade equivalia a R$ 3,23 bilhões. Porém, no final de 2013, essa reserva havia baixado para R$ 2,56 bilhões. A queda foi de 21%. 

No mês de maio, a reitoria já havia comunicado que o comprometimento do orçamento que o comprometimento do orçamento com o pagamento de pessoal foi de 104,2% no primeiro quadrimestre deste ano. Na época, também foi informado que a universidade tem gastado, por mês, R$ 90 milhões acima do que recebe do governo de São Paulo.