Apesar da decisão, eles decidiram manter mobilização para debater pauta.
Votação foi acirrada: 38 foram contra, 36 a favor e houve uma abstenção.
Os professores da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) retiraram, nesta sexta-feira (23), o indicativo de greve sem data aprovado no dia 8 deste mês, mas decidiram manter a mobilização. A decisão foi tomada durante Assembleia Geral realizada na sede da Associação dos Docentes da Universidade Federal do Amazonas (Adua).
De acordo com a Asua, 38 professores foram contra o indicativo, 36 a favor e houve uma abstenção. A categoria também aprovou a ampliação do Comando Local de Mobilização (CLM), para realização de atividades em todas as unidades acadêmicas. A intenção é ampliar o debate sobre a pauta da categoria.
O indicativo de greve sem data havia sido aprovado em outra assembleia realizada no dia 8 deste mês. Segundo a associação, os docentes destacaram a falta de avanços, por parte do governo, no atendimento à pauta da reivindicação dos professores da greve de 2012, quando as aulas foram paralisadas por quatro meses.
A assembleia desta sexta foi realizada após professores das unidades acadêmicas participarem de reuniões setoriais para discutir o tema. Agora, o próximo encontro está marcado para terça-feira (27), às 9h, na seção sindical, para planejamento e organização das atividades de mobilização previstas para ocorrer na capital e nas unidades de fora da sede da Ufam. A reunião, voltada para integrantes do CLM, pretende reunir também outros professores para fortalecer o movimento.
Na quarta (28), os docentes da Faculdade de Medicina devem paralisar as atividades de ensino, para participar às 8h, no Auditório Dr. Zerbini, de uma reunião ampliada, com técnico-administrativos e estudantes, para debater os problemas da universidade. A categoria indicou ainda a necessidade de construir um estado de “mobilização permanente”.
Na AG desta sexta (23), os docentes avaliaram ainda a necessidade de incluir os outros segmentos da comunidade acadêmica na discussão sobre a pauta reivindicatória em defesa da universidade pública, gratuita e socialmente referenciada. Entre as reivindicações estão: melhores condições de trabalho, valorização profissional, respeito à autonomia universitária e mais investimento na educação pública.
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