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Rafaela está à espera para saber em qual universidade fará intercâmbio.
Vários alunos de Rondônia já foram selecionados pelo programa, diz Unir.

“Estou muito, muito ansiosa”, diz Rafaela Caroline Brito Garcia, de 21 anos, estudante de enfermagem na Universidade Federal de Rondônia (Unir), contemplada com uma bolsa de estudos através do programa Ciência sem Fronteiras. A estudante espera para saber em qual universidade, nos Estados Unidos, será aceita para o intercâmbio. Vários alunos de Rondônia já foram selecionados pelo programa, segundo a Unir, mas não há um banco de dados dos participantes na instituição.

Rafaela denomina a aceitação no programa como “uma experiência mágica em sua vida”, que a jovem ficou sabendo porque outras alunas no mesmo curso da instituição já haviam sido selecionadas. “Eu tinha quase todos os critérios para ser aceita pelo programa. O meu problema era o inglês. Tudo que eu aprendi foi o que estudei no ensino regular da escola e por conta própria”, diz a jovem. Para participar, o aluno deve ter no mínimo 20% e no máximo 90% do curso, ser aluno de excelência curricular, ser aprovado no exame de língua estrangeira, dentre outros quesitos. Vejaaqui.

Eu tinha quase todos os critérios para ser aceita pelo programa. O meu problema era o inglês”
Rafaela Caroline, estudante

Por causa dessa deficiência no currículo, Rafaela mergulhou nos livros, e com muita determinação, conseguiu ser aprovada para participar do inglês em fronteiras. Com isso, ela deverá ficar um ano e meio nos Estados Unidos. Os primeiros seis meses estudará apenas inglês, o que é denominado com imersão, para a partir de então, frequentar o curso de enfermagem na univesidade que a aceitar.

A estudante de enfermagem conta que recebeu incentivo da família para participar, principalmente da irmã mais jovem. Segundo ela, a irmã disse que ela não poderia perder a oportunidade. Rafaela cursa o sexto período de enfermagem, e só conseguiu atender aos critérios do programa porque houve duas greves da instituição que atrasaram o andamento do seu curso. “De certa forma as greves me beneficiaram. Mas eu procuro usufruir de tudo que a universidade pode me oferecer. Quero me especializar em feridas e lá, nos Estados Unidos, vou focar nos estudos, mas quero conhecer o que a cultura americana pode me oferecer”, garante a estudante.

“Estudando em outro país, Rafaela terá a chance de conhecer um mundo diferente, que aqui no Brasil ainda é muito falho”, diz o professor Valdir Aparecido de Souza, coordenador do programa na Unir. Ele diz que para participar do programa, os alunos devem fazer a inscrição pelo site, e muitas vezes não tem como ajudá-los e não tem como saber quem foi aceito pelo programa. “Não consigo acompanhar. Muitas vezes eu fico sabendo, o aluno já está no outro país”, diz o professor.