fbpx
Customize Consent Preferences

We use cookies to help you navigate efficiently and perform certain functions. You will find detailed information about all cookies under each consent category below.

The cookies that are categorized as "Necessary" are stored on your browser as they are essential for enabling the basic functionalities of the site. ... 

Always Active

Necessary cookies are required to enable the basic features of this site, such as providing secure log-in or adjusting your consent preferences. These cookies do not store any personally identifiable data.

No cookies to display.

Functional cookies help perform certain functionalities like sharing the content of the website on social media platforms, collecting feedback, and other third-party features.

No cookies to display.

Analytical cookies are used to understand how visitors interact with the website. These cookies help provide information on metrics such as the number of visitors, bounce rate, traffic source, etc.

No cookies to display.

Performance cookies are used to understand and analyze the key performance indexes of the website which helps in delivering a better user experience for the visitors.

No cookies to display.

Advertisement cookies are used to provide visitors with customized advertisements based on the pages you visited previously and to analyze the effectiveness of the ad campaigns.

No cookies to display.

Apenas em janeiro, 102 mil universitários se inscreveram; mais do que o ano todo de 2010. Programa é um bom negócio para universidades particulares fugirem da inadimplência

Apenas em janeiro de 2014, 102 mil universitários contrataram o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Desde 2010, o número é de 1,2 milhão, de acordo com estimativa do Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo (Semesp).

O total de contratos em janeiro deste ano já é mais do que no ano inteiro de 2010, quando o número foi de 76 mil. Foi em 2010 que as novas regras do fundo começaram a valer: os juros caíram, a carência para início do pagamento após o término do curso cresceu e em alguns casos o fiador não é mais necessário. Com isso tudo, a previsão é o número de contratos continue a crescer. 

É que, além de o financiamento atrair novos alunos, ele traz segurança. Com o Fies, a universidade recebe os repasses diretamente do governo federal e não corre o risco da inadimplência.

“A instituição passa a ter um universitário que ela não teria ou teria de uma forma mais difícil, com bolsas ou descontos”, explica Rodrigo Capelato, diretor executivo do Semesp.

À medida em que os contratos sobem, a inadimplência cai. “Mais do que a queda, a inadimplência no setor cai em um momento em que a inadimplência geral apresentou aumento. Isso reflete bem como o Fies se tornou uma grande oportunidade para as universidades.”

Tanto que foi pela própria universidade que o aluno Gabriel Machado Pinheiro de Souza, de 26 anos, soube do programa de financiamento do governo. Ele, que sempre quis fazer faculdade, teve de adiar o sonho até ser efetivado em um trabalho e tivesse um mínimo de segurança financeira.

Se formou em um curso técnico e, no fim do ano passado, conseguiu um emprego registrado como técnico de segurança do trabalho. Conquistado o emprego, resolveu realizar o sonho: matriculou-se em Engenharia Civil na Anhanguera. Mas não precisará pagar pelo curso durante os anos da graduação.

“Moro próximo a uma unidade e lá me informaram sobre o Fies. Tenho restrição no meu nome, mas disseram que não me atrapalharia”, conta. Com orientação dos funcionários da universidade, Gabriel se inscreveu no programa, apresentou a documentação e foi aprovado. As aulas começaram nesta segunda. 

A história de Gabriel é uma de milhões. Capelato explica que a possibilidade do financiamento faz com que os jovens, já interessados em fazer um curso superior, procurem mais as instituições. O grande público é a classe C.

“A classe C era excluída porque muito não tinha condição de pagar uma faculdade particular, não conseguia ser aprovada em uma pública e também não se enquadrava para uma bolsa como a do ProUni, que atinge principalmente a classe D e E”, explica.

Segundo o Semesp, o perfil dos estudantes que contratam o Fies é o seguinte: 82% tem renda familiar de até 5 salários mínimos; 78% tem renda de 1,5 salário mínimo per capita; 75% vem de escola pública; 63% tem entre 18 e 24 anos, 59% são mulheres e 50% são brancos.

Os cursos mais financiados por esses alunos são: Engenharias (222 mil), Direito (196 mil), Administração (106 mil) e Enfermagem (98 mil).