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Já entre os estudantes brancos o índice é de 66%.
Análise divulgada nesta sexta foi feita com bases nos dados da Pnad.

Apesar do número de estudantes no ensino superior ter aumentado ao longo de dez anos, subiu de 9,8% em 2002 para 15,1% em 2012, a desigualdade entre brancos e pretos ou pardos na universidade ainda é grande. Segundo análise do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) feita com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) divulgada nesta sexta-feira (29), em 2012, enquanto 66,6% do total de estudantes brancos de 18 a 24 anos frequentavam o ensino superior, 37,4% dos estudantes pretos ou pardos estavam no mesmo nível.

Em relação aos dados regionais, em 2012, as regiões com maior concentração de estudantes no ensino superior, incluindo mestrado e doutorado, são Sul, Centro-Oeste e Sudeste, com taxas de 67,1%, 60,5% e 60%.

Se for avaliada a cor e raça do estudante, a maior concentração de universitários da cor branca está no Sul (71,3%), seguida por Centro-Oeste e Sudeste (ambas com 70,4%), Nordeste (53,3%) e Norte (49,1%). Os estudantes pretos e pardos estão mais concentrados no Centro-Oeste (51,2%), em seguida aparecem mais nas Regiões Sul (45,9%), Sudeste (43,7%), Nordeste (31,6%) e Norte (29,7%).

Analfabetismo estagnado
A boa notícia dos dados da Pnad 2012 que serviram de base para esta análise é que a taxa de analfabetismo no Brasil parou de cair. Em 2012, a taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais de idade foi estimada em 8,7%, o que correspondeu ao contingente de 13,2 milhões de analfabetos. Em 2011, essa taxa foi de 8,6% e o contingente foi de 12,9 milhões de pessoas.

Segundo o IBGE, a variação de 0,1 ponto percentual de 2011 para 2012 está dentro do “intervalo de confiança”, e não significa necessariamente que o analfabetismo aumentou, e sim que se manteve estatisticamente estável.

Estudantes de 18 a 24 anos no ensino superior em 2012

Regiões

Brancos

Pretos e pardos

Norte

49,1%

29,7%

Nordeste

53,3%

31,6%

Sudeste

70,4%

43,7%

Sul

71,3%

45,9%

Centro-Oeste

70,4%

51,2%

Brasil

66,6%

37,4%

Fonte: Pnad/ IBGE