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Dos 196 mil candidatos inscritos, cerca de 170 mil estudantes realizaram o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) no último domingo (25), com índice de abstenção de 13,7%. Este número representa uma queda no percentual de abstenção em relação ao ano passado, quando 20,1% dos estudantes deixaram de realizar o exame. A divulgação do boletim de desempenho está prevista para o segundo semestre do próximo ano.

O Enade integra o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes). O objetivo do exame é aferir o rendimento dos alunos dos cursos de graduação em relação ao conteúdo programático, suas habilidades e competências. A participação de quem foi inscrito é obrigatória. A participação do estudante habilitado ao Enade é condição indispensável ao registro da regularidade no histórico escolar, assim como à expedição do diploma pela instituição de ensino superior.

Nesta edição, foi avaliado o desempenho dos estudantes de 17 cursos: bacharelado em agronomia, biomedicina, educação física, enfermagem, farmácia, fisioterapia, fonoaudiologia, medicina, medicina veterinária, nutrição, odontologia, serviço social, zootecnia, além dos cursos de tecnológicos em agronegócio, gestão hospitalar, gestão ambiental e radiologia.

Confusão em São Paulo
Estudantes universitários que fizeram neste domingo (24) o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) na sede da Universidade Mackenzie, em São Paulo, relataram muita confusão para realizar a prova. Segundo os alunos, não havia sala de prova, cadernos de resposta e lista de presença. Muitos registraram boletim de ocorrência no 78º DP para formalizar a situação. Pelo edital do Enade, quem não faz a prova pode sofrer punições e não conseguir se formar. Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), no entanto, ninguém será prejudicado. Ao todo, 196 mil candidatos estão inscritos no Enade em todo o país.

A maioria dos prejudicados são estudantes do último ano do curso de enfermagem de várias universidades paulistas. Guilherme Pimenta Presotto, 23 anos, aluno da Faculdade Oswaldo Cruz, diz que precisou trocar de prédio por três vezes e acabou fazendo a prova em uma sala onde haviam outros alunos. “Comecei a prova com uma hora de atraso, e não tinha cartão para eu anotar as respostas. Tive de responder no próprio caderno de questões e assinar uma folha em branco para marcar minha presença”, afirmou. “Estou preocupado, corro o risco de não colar grau na faculdade.”

Bárbara Borsoi Francelino, aluna de enfermagem da Universidade Mogi das Cruzes (UMC), registrou a confusão entre os estudantes e a coordenação de provas. “Eu tinha o cartão de respostas, mas só pude responder as primeiras questões”.

Karina Godoy, de 29 anos, também da UMC) disse que cada fiscal de prova tinha uma orientação diferente. “Fiz a prova em outra sala e a fiscal disse que eu só poderia responder da primeira à décima questão”, afirmou.  “Foi uma dor de cabeça terrível”.

De acordo com a assessoria de imprensa do Inep, a confusão aconteceu porque há mais de uma entrada na universidade e alguns estudantes foram para a portaria errada. A coordenação do Enade percebeu o problema e tentou realocar os alunos. Segundo o órgão, os estudantes não serão prejudicados, pois, apesar de não terem feito a prova, consta na ata que eles compareceram ao exame.

A Universidade Presbiteriana Mackenzie afirmou que não tem responsabilidade no caso porque apenas cede o espaço para a realização da prova.