
Uma pesquisa inédita, coordenada pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso Brasil) e pela Campanha Nacional pelo Direito à Educação, analisou as respostas a ataques de violência extrema em escolas brasileiras a partir do olhar das próprias comunidades escolares. O estudo contou com apoio da Terre des Hommes Schweiz.
Intitulada “Para lembrar e reagir: desenhando futuros possíveis a partir da ressignificação dos ataques de violência extrema contra escolas no Brasil”, a pesquisa investigou quatro casos emblemáticos: Realengo (RJ, 2011), Goiânia (GO, 2017), Suzano (SP, 2019) e Vila Sônia (SP, 2023). Foram realizadas 16 entrevistas semi-estruturadas com vítimas, familiares e profissionais da educação, além de análise documental e bibliográfica.
Os resultados apontam que os massacres escolares não podem ser compreendidos como episódios isolados, mas como fenômenos ligados a fatores estruturais da sociedade, incluindo a cultura de ódio misógina, racista e armamentista, bem como múltiplas formas de violência no espaço escolar. Segundo a pesquisa, grande parte das redes de ensino ainda atua apenas de forma emergencial, sem implementar políticas de prevenção, cuidado e democratização que possam oferecer respostas duradouras.
O estudo ressalta que a prevenção de tragédias escolares requer um projeto coletivo de sociedade, que reconheça a escola como espaço de cuidado, diálogo, formação ética e construção democrática. Acesse o relatório completo: https://encurtador.com.br/TkkbN
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