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Servidores terceirizados de pelo menos 12 escolas estaduais de Vitória da Conquista, no sudoeste baiano, resolveram cruzar os braços nesta segunda-feira. Eles reclamam da falta de pagamento de salários e de vales transporte e alimentação. Em alguns casos, o atraso chega a 100 dias. O governo da Bahia promete “tranquilizá-los” em breve.

 De acordo com o Sindilimp, sindicato que representa os servidores terceirizados, cerca de 600 deles estão com os vencimentos atrasados, entre os quais merenderias, recepcionistas, porteiros e auxiliares de serviços gerais e de limpeza. Eles têm vínculo com três empresas diferentes: Sandes, Assemp e Contrat.

 O caso mais sério, segundo sindicato, é o dos ligados à Contrat, que não recebem salários há mais de 60 dias e estão há mais de 100 dias sem vale transporte ou vale alimentação. Diz a diretora do sindicato, Dila Ribeyro, que os trabalhadores estão vivendo de empréstimos que fazem com familiares e indo trabalhar à pé, “se virando”, salienta.

 Em uma escola, o Instituto de Educação Euclides Dantas, os terceirizados fizeram uma manifestação acompanhados por professores e alunos, que não tiveram aulas. Eles rumaram à Diretoria Regional de Educação 20 (Direc 20) nesta manhã para protestar.

 Se acordo com a Secretaria da Educação do Estado da Bahia, o município de Vitória da Conquista possui 30 unidades escolares. Destas, 12 estavam funcionando parcialmente nesta segunda-feira devido à ausência dos trabalhadores. 

 Quanto ao repasse de recurso às empresas, a secretaria informou que “já vem regularizando estes pagamentos” e que, no caso da empresa Contrat, o órgão disse que fará “o distrato do contrato por falta de cumprimento de cláusulas”. O órgão afirmou que os funcionários das outras empresas terão suas situações regularizadas em breve, mas não especificou data.