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Os professores do campus da Universidade de São Paulo, em Ermelino Matarazzo, na Zona Leste da capital paulista, decidiram entrar em greve para protestar contra a contaminação do solo. Quatro mil pessoas passam pela USP Leste diariamente. 

O campus da universidade foi construído em um terreno onde funcionou um aterro de lixo orgânico. Com o tempo, o material se decompõe e começa a emitir gás metano, que é tóxico e explosivo.

Os professores alegam ter medo de trabalhar devido ao risco de explosão. O receio surgiu após a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) ter colocado uma placa interditando algumas áreas do campus devido à concentração de gás metano. A companhia, no entanto, negou ao Bom Dia São Paulo ter interditado a área.

A Cetesb informou  que emitiu um auto de advertência para a universidade no começo de agosto, exigindo o cumprimento de alguns pontos da licença de operação pra sanar o problema do vazamento de gás.

A universidade afirmou que mandou relatórios para a Cetesb para assegurar que não existe risco de explosão e que está em processo de contratação de empresas para a instalação de exaustores para solucionar o problema.

Outros casos
O Shopping Center Norte, na Zona Norte de São Paulo, chegou a ser interditado por dois dias pela Prefeitura de São Paulo, em outubro de 2011, depois que a Cetesb constatou concentrações do gás acima do aceitável. A região foi utilizada durante décadas como depósito de lixo antes da construção do shopping, na década de 1980.

Perto do shopping Center Norte, o Conjunto Habitacional Zaki Narchi também apresentou problemas de concentração de gás metano.  O conjunto habitacional que tem 35 blocos residenciais fica a cerca de 300 metros do antigo lixão do Carandiru, que serviu de depósito de resíduos entre os anos 1950 e 1970. A Prefeitura determinou obras de drenagem do gás.