As salas de aula das escolas estaduais começaram a ganhar um estudante a mais. São universitários que fazem uma espécie de residência prática.
O estudante acompanha o professor dentro da sala de aula e ajuda a esclarecer as dúvidas dos alunos.
Eles passam um ano na sala para ganhar experiência e se preparar para essa profissão que enfrenta cada vez mais desafios.
Caroline presta atenção na aula de ciências como qualquer outro aluno do sexto ano do ensino fundamental. Ela não é uma simples aluna, é uma residente. Estudante de licenciatura em Ciências na USP pretende ser professora e está na sala de aula para fazer um estágio. Ela está entre os 3.470 estudantes aprovados no Programa de Residência Escolar da Secretaria da Educação de São Paulo.
“Vai ser muito bom, vai ter uma troca de informações, a gente com a experiência e eles com a vitalidade e vontade de aprender. Vai ter uma interação muito boa”, diz Carmela Fransese Torres Martins, professora de ciências.
“Muito importante. Já tenho um primeiro contato com as escolas e vai me ajudar quando eu for professora formada”, declara Caroline Marcolino Cardoso – estudante de licenciatura em ciências – USP.
O programa foi inspirado na residência médica. É um trabalho contínuo em uma única escola durante 12 meses. A secretaria garante que o residente nunca estará sozinho na sala de aula, mas sempre acompanhando o professor. “Ele só ficará em sala de aula sob a supervisão do professor da disciplina. O residente não vem para substituir o professor. O residente é um professor em formação”, explica.
O residente vai trabalhar 15 horas por semana e receber R$ 420 de bolsa estágio e R$ 180 de auxílio transporte.
A intenção do Programa de Residência Escolar é, antes de tudo, despertar o interesse dos jovens pela carreira de professor.
“Quero ser professor universitário porque dentro da faculdade a gente tem muitos bons exemplos de professores e é uma coisa que eu quero seguir”, diz Giovani Paiva, estudante do quarto semestre de Educação Física.
“Se você parar para pensar tem médico, advogado, todos eles passaram pela mão de professor, é a base de tudo”, Caroline.
É importante que essa fase de formação seja acompanhada e que o residente realmente não assuma o lugar do professor, mesmo em caso de faltas.
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