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Com faixas, panelas e apitos, manifestantes cobraram melhorias na unidade.
Segundo eles, universidade está sucateada: ‘Falta até papel higiênico’.

Estudantes e professores da Universidade Estadual de Goiás (UEG) em todo o estado realizaram uma manifestação na manhã desta terça-feira (11), no Centro de Goiânia. O “panelaço” – como foi batizado o movimento – reuniu cerca de 50 pessoas que reivindicavam melhorias na instituição. Das 42 unidades da UEG, oito estão em greve desde o dia 25 de abril deste ano, segundo a assessoria de imprensa do centro de ensino.

Estendendo faixas, os protestantes se aglomeraram em frente o Palácio Pedro Ludovico Teixeira, Centro Administrativo de Goiás.  Munidos com panelas, apitos e até um megafone, os protestantes gritavam palavras de ordem e pediam uma audiência com o governador Marconi Perillo (PSDB) para negociar os dez itens da pauta de demandas do movimento grevista.

Grande parte dos participantes do panelaço era de unidades do interior, onde os alunos alegam que estão os principais problemas. “Às vezes, chega a faltar até papel higiênico”, disse ao G1 o professor Wellington Ribeiro, que leciona geografia em Itapuranga, a 166 km de Goiânia.

Outras reivindicações importantes, segundo Wellington, são a reformas e ampliação dos prédios, concurso público para a contratação de docentes e aprovação do plano de cargos e salários. No entanto, o professor diz que até o momento, o governo não se mostrou interessado em dialogar com os grevistas.

A assessoria da reitoria da UEG informou ao G1 que nenhum representante do governo se reuniu nesta terça-feira com os manifestantes. Disse que o reitor Haroldo Reimer deve se encontrar ainda nesta tarde com o governador Marconi Perillo para discutir as pautas levantadas pelo movimento grevista. De acordo com a assessoria, o projeto que aborda a questão do plano de cargos e salários dos professores e funcionários já foi encaminhado para a Assembleia Legislativa.

Estudante de geografia em Anápolis, a 55 km de Goiânia, Jefferson Acevedo reclama da situação em que a universidade se encontra. “A gente se sente lesado e abandonado. O governador não cumpriu com as promessas. Estamos esquecidos”, lamenta ele, que também pede a construção de um restaurante universitário e um plano de auxílio aos estudantes.

Sobre a quantidade de pessoas que compareceram ao protesto, o professor Marcos Alaídes, um dos organizadores do panelaço, disse que não ficou decepcionado. “Não tínhamos uma expectativa de público, era um movimento coletivo, organizado pela internet. A tendência é que o pessoal do interior venha mais tarde. Vamos ficar o dia todo aqui”, espera.

Alguns policiais militares e agentes da Secretaria Municipal de Trânsito (SMT) estiveram no local para acompanhar os manifestantes, mas nenhum incidente foi registrado.