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Medida será anunciada após a descentralização do segmento de EAD, informa o jornal Valor

O Ministério da Educação estuda ampliar o financiamento estudantil (Fies) para o ensino a distância (EAD) e cursos de mestrado e doutorado, informa o jornal Valor Econômico desta terça-feira, dia 4 de junho.

A reportagem de Beth Koike revela que a medida será anunciada após a descentralização do segmento de EAD. Uma das ações neste sentido é a autorização, há cerca de 10 dias, da abertura de 148,4 mil vagas em 40 instituições.

Atualmente, 1 milhão de alunos estão matriculados em cursos a distância. Segundo o jornal, os grupos Anhanguera e Kroton, que recentemente anunciaram uma fusão, detêm 50% do setor de ensino à distância.

Desde 2008, o MEC não autorizava um número tão grande de vagas à distância. Entre os 40 grupos estão a Unip, Estácio, Unit e Unifran (adquirida recentemente pela Universidade Cruzeiro do Sul).

O jornal relata que nos últimos cinco anos, o MEC fechou vários cursos a distância por irregularidades, o que provocou uma centralização do setor.

Entre os cursos a distância aprovados, uma parcela representativa é de pedagogia, já que cresce a exigência para que os professores do ensino fundamental tenham curso superior. Como vários já trabalham, muitos optam por aulas a distância.

O Valor destaca ainda que várias instituições privadas e públicas também estão aderindo ao EAD, como FGV e Ibmec. Entre as públicas autorizadas agora, estão UFRJ, UnB e UfsCar.

A reportagem informa que as projeções otimistas do Fies para o ensino à distância se baseiam na educação presencial. Após as mudanças promovidas no setor em 2011, com juros de 3,4% ao ano e menos burocracia, o financiamento estudantil chegou a 880 mil contratos.

Para o presidente da consultoria especializada em educação Hoper, Ryon Braga, o Fies poderá dobrar os cursos de EAD. “Acredito que há boas chances de o Fies ser ampliado para o ensino a distância em 2014. Com o financiamento, o percentual de crescimento do segmento dobra”, disse ele ao Valor.