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O Pearson, grupo educacional mundial que controla o “Financial Times”, anunciou uma reformulação no comando da empresa e uma reorganização em seis unidades, ontem, como parte de seu esforço para se posicionar e obter crescimento nos mercados emergentes e nos serviços digitais.

A reorganização oferece uma clara indicação quanto à estratégia que está sendo adotada por John Fallon, ex-diretor da divisão internacional de educação do grupo, que substituiu Marjorie Scardino como presidente-executivo em 1° de janeiro.

Em fevereiro, Fallon anunciou uma reestruturação mundial de 200 milhões de libras (cerca de R$ 650 milhões) com o objetivo de reduzir os custos anuais da empresa em 135 milhões de libras (R$ 439 milhões).

Isso lhe permitiria investir 50 milhões de libras (R$ 153 milhões) adicionais ao ano nas operações digitais e em mercados emergentes.

Sob as mudanças anunciadas na última semana, as cinco unidades existentes da Pearson –entre as quais educação internacional, Penguin Group e FT Group– serão reorganizadas em seis divisões, cada qual comandada por um executivo.
novas regiões

Na nova estrutura, além das três unidades mundiais voltadas a escolas, ensino superior e profissionais, haverá três unidades geográficas, designadas como América do Norte, Base e Crescimento.

“Trata-se de uma mudança significativa na maneira pela qual dirigimos a empresa, que vai requerer tempo e dedicação prolongada”, disse Fallon. No dia do anúncio, as ações da Pearson fecharam em baixa de 3,8%, contra uma queda de 2,1% no índice do mercado londrino.

“O futuro da Pearson será bem diferente de seu passado, com ênfase em uma mudança geográfica (para os mercados emergentes), de formato (da mídia impressa para a mídia e serviços digitais), e também, criticamente, de clientes (dos governos para os consumidores)”, escreveram analistas do Citi em uma nota de pesquisa.

Sob as mudanças, que entrarão em vigor a partir do começo do ano que vem, o FT Group se tornará parte da divisão profissional, mais ampla, que incluirá as operações de ensino de inglês na China e a Pearson VUE, uma companhia que vende serviços mundiais de testes e provas por computador.

John Ridding, o presidente-executivo do “Financial Times”, comandará o grupo.