Objetivo é acompanhar aplicação da lei que estabelece ensino em escolas públicas e privadas
A Prefeitura de São Paulo anunciou na última segunda-feira (27), por meio da Secretaria de Promoção da Igualdade Social, o grupo de trabalho “Educação das Relações Etnicorraciais”. O grupo vai trabalhar sobretudo na elaboração da proposta de instalação, acompanhamento e monitoramento da Lei 10.639/2003, que estabelece o ensino da História da África nas escolas públicas e privadas.
A Secretaria foi ofocializada no evento D’África-São Paulo, que apresentou políticas etnicorraciais projetadas para a capital paulista.
O prefeito Fernando Haddad defendeu o significado do ensino da história do continente africano nas escolas como uma maneira de resgatar a história dos negros no Brasil e reparar uma ausência de consciência história “em fução de uma educação precária, em função de falta de consciência política”.
O grupo de trabalho será composto pelas secretarias de Educação, responsável pela formação dos educadores e a distribuição de materiais didáticos e paradidáticos, Cultura, atenta à implementação de debates sobre a cultura negra/indígena e o investimento em livros temáticos, além da aproximação do samba como patrimônio histórico, Esporte, com investimento na prática da caopoeira, e de governo, que vai monitorar as ações e a implantação da lei.
Homenageado, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva avaliou que o Brasil avançou no resgate à história do negro no País se comparado ao passado, mas disse que ainda há uma estrada longa a ser percorrida.
— Eu costumava dizer que tudo que a gente fizer para estabelecer a igualdade racial neste País é um pagamento de uma dívida que não pode ser mensurada em dinheiro. Ela tem de ser mensurada em solidariedade, em compromisso de ajuda mútua que o estado brasileiro precisa cada vez mais assumir. E às vezes me inquieta profundamente porque há uma visão equivocada sobre a África. Não é que as pessoas não sabem da história da África, mas que muita gente não quer saber.
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