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Sindicato diz que faltam profissionais, salas e materiais na instituição.
Adufpi aderiu ao movimento nacional contra precarização das instituições.

O período letivo na Universidade Federal do Piauí (UFPI) teve início nesta segunda-feira (20) e em aproximadamente 490 turmas não houve aulas. Em assembleia, os professores e técnicos da instituição aderiram ao movimento nacional contra a precarização das instituições federais de ensino e uma paralisação está prevista para esta quarta-feira (22).

Segundo o presidente da Associação dos Docentes da instituição (Adufpi), Mário Ângelo Meneses, a paralização faz parte do movimento nacional contra a precarização das instituições federais de ensino. De acordo com ele, na UFPI, as aulas iniciaram com falta de professores, salas e materiais básicos.

“A expansão do ensino superior no Brasil não foi acompanhada por condições de trabalho. Na UFPI há uma série de problemas. Nesta segunda-feira, as aulas iniciaram com 489 turmas sem professores. Além da falta de profissionais, no campus de Teresina, faltam materiais de consumo obrigatório como algodão e seringas no setor de bioquímica e física. Em Parnaíba, faltam salas de aula”, disse.

Para o presidente da Adufpi, os dados apontados pelo movimento nacional mostram o descaso com a qualidade de ensino nas instituições. “Existe uma grande desproporcionalidade entre a ampliação e investimentos. Enquanto o número de alunos mais do que dobrou, subindo de 500 mil para mais de um milhão, o número de professores teve um crescimento de apenas 30%, passando de 50 mil para 71 mil. Na Ufpi temos apenas 1.559 professores para cerca de 21 mil alunos. Mais de 10% das turmas da instituição não têm professores”, declarou.

De acordo com ele, nos últimos três anos foram criados 2.400 novos cursos, além de 14 universidades em todo país, mas a maioria das obras para dar estrutura a essa expansão não foram concluídas. “Quatro mil obras foram contratadas desde 2010, mas 62% delas ainda não foram concluídas”, afirmou.

Mário Ângelo explicou ainda que nos dias 24 e 25 haverá um encontro em Brasília com presentastes das instituições de todo o Brasil para avaliar e deliberar novas atividades para o movimento nacional.