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Há um movimento mesquinho de algumas correntes, no Congresso, para pulverizar os recursos

 Uma boa notícia para os que acompanham os índices de educação no Ceará acaba de ser dada pela Secretaria da Educação do Estado (Seduc): entre 2012 e 2013 cresceu em 64% o número de alunos oriundos da rede pública estadual aprovados em vestibulares para o ensino superior. Enquanto isso, na Universidade Federal do Ceará (UFC) as vagas destinadas a esse segmento passaram de 26,7%, em 2012, para 36,3% para o ano letivo de 2013, segundo a Pró-Reitoria de Graduação.

Ou seja, hoje os alunos desse segmento podem contar com o sistema de cota social, por meio do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) ou concorrer pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Há também a alternativa de utilizar o Programa de Financiamento Estudantil (Fies), que oferece subsídio às pessoas que não têm condições de arcar com as mensalidades nas faculdades privadas.

Seja como for, a sinalização de que o acesso à universidade ficou mais democratizado traz alento aos que se empenham para tornar a educação o principal foco das atenções das autoridades públicas. Os brasileiros estão cada vez mais cientes de que só por meio desse instrumento o Brasil pode entrar no ritmo da sociedade do conhecimento, criando as condições básicas essenciais para se integrar a um mundo que faz depender seu desenvolvimento da capacidade humana de fazer uso da ciência e da tecnologia.

Quer se acredite ou não na Providência, o fato é que o Brasil ganhou com a descoberta inesperada do pré-sal a possibilidade de dispor dos recursos necessários para o investimento massivo em educação e livrar-se, de uma vez por todas, das amarras que o prendem ao subdesenvolvimento. Esse é o tipo de oportunidade poucas vezes disposta pela História a um país para traçar um novo destino. Não podemos perdê-la.

Isso significa – como já foi reiterado tantas vezes neste espaço 

– que a sociedade precisa se mobilizar para obrigar seus representantes a se sintonizar com esse objetivo maior da Nação. E o motivo para isso é muito claro: há um movimento mesquinho de algumas correntes, no Congresso Nacional, para pulverizar esses recursos, empregando-os no atendimento de interesses paroquiais. O Brasil não pode permitir esse crime.