O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse ontem que o governo “não vai recuar” da política de cotas, mas que as universidades precisam “trabalhar” para que cotistas tenham o mesmo desempenho dos alunos que ingressaram pelo sistema tradicional.
Reportagem da Folha de domingo mostrou que, segundo estudos recentes, beneficiários de cotas e bônus apresentam resultados piores do que os demais na graduação.
As pesquisas também concluem que a diferença de notas perdura até o fim do curso.
“A universidade tem que preparar tutoria, trabalhar com esses jovens para eles terem o mesmo desempenho, mas nós não vamos recuar dessa política”, disse o ministro da Educação, em discurso durante a cerimônia, em Campo Grande, de entrega de ônibus escolares para prefeituras de Mato Grosso do Sul.
“Vamos combater essa visão elitista de que educação é só para quem pode pagar ou nasceu numa família rica.”
Na fala, Mercadante incluiu a política de cotas entre as ações bem-sucedidas do governo na área da educação.
Ele defendeu a lei que destina metade das vagas em universidades federais para alunos egressos de escolas públicas –porque, justifica, 88% dos alunos do ensino médio, etapa anterior à universidade, estudam na rede pública.
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