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Com panelas e cartazes, cerca de 30 pessoas fizeram um protesto, na quarta-feira, 6, no Fórum de Simões Filho, cidade da Grande Salvador, onde era ouvido o policial militar Leandro Almeida da Silva. O soldado é processado pela morte a tiros do  taxista Pedro Augusto de Araújo, 23, assassinado na saída de uma festa no bairro CIA I, em dezembro de 2011.Foi mais uma morte na cidade, que possui índice de 141,5 homicídios por 100 mil habitantes e figura em primeiro lugar no ranking dos municípios com mais de 20 mil habitantes com as mais altas taxas de homicídios até 2010 (Simões Filho tem atualmente cerca de 116 mil moradores).Os dados são do Mapa da Violência 2013, do Instituto Sangari/Ministério da Justiça, divulgado na quarta. O estudo aponta outros três municípios baianos entre os dez com mais altas taxas de homicídios do País: Lauro de Freitas (3º, com 106,6 mortes por 100 mil habitantes); Porto Seguro (6º, com 91,4); e Eunápolis (8º, com 87,4).Entre os estados, a Bahia aparece na quarta posição, com 34,4 óbitos por 100 mil habitantes, atrás apenas do Pará (34,6), Espírito Santo (39,4) e o primeiro do ranking negativo, Alagoas (55,3).No estudo divulgado no ano passado pelo instituto, a Bahia, apesar de apresentar taxa mais alta (37,7), ocupava a sétima colocação, o que indica uma melhora do índice nos estados da Paraíba, Amapá e Pernambuco, que apareciam à frente.A Bahia também ocupa a quarta posição entre os estados com mais altas taxas de crescimento de homicídios por arma de fogo entre 2000 e 2010: 195%. Na lista das capitais com as mais altas taxas de homicídios por armas de fogo em 2010 (por 100 mil habitantes), Salvador está também em quarto lugar, com 59,6.Impunidade – O taxista Pedro foi morto após atingir, sem querer, a perna da namorada do soldado PM com a porta do carro. Após disparar, o militar ainda tentou atingir irmão e cunhada do taxista, mas a pistola já estava sem munição. “Foi uma discussão boba, que poderia se resolver com uma conversa”, contou o pai da vítima, o também taxista Pedro Batista.A aposentada Dirani Dias, 65, há dez anos teve o filho morto a tiros na porta de casa, em Lauro de Freitas. Manoel da Paixão, 36, foi atingido na rua onde morava. Após 10 anos sem nenhuma notícia sobre as investigações, Dirani tomou conhecimento de que, na última semana, o assassino do filho havia sido morto pela polícia. “Não queria o mal para ninguém, só a vida do meu filho de volta”, disse ela.