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O Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), órgão do MEC (Ministério da Educação) responsável pelo Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), divulgou nota na tarde desta quinta-feira (1º), na qual desmente o MPF (Ministério Público Federal) do Ceará e nega que houve vazamento do exame deste ano.

“Os casos de tentativa de fraude identificados estão sob investigação e delimitarão a responsabilidade dos envolvidos. Não há indício de vazamento de gabarito oficial”, diz o comunicado.

Mais cedo, o MPF-CE informou ter recebido um relatório da PF (Polícia Federal) que aponta para vazamento das provas e do tema da redação do Enem antes do início da aplicação do exame. Ao menos dois candidatos teriam tido acesso ao material.

De acordo com o procurador da República Oscar Costa Filho, a íntegra do relatório e peças do inquérito serão anexadas ao recurso do MPF que tramita no Tribunal Regional Federal da 5ª Região, no Recife. Costa Filho pediu o cancelamento do exame diante dos primeiros indícios logo após o exame, em novembro.

Na nota, o Inep informa que a PF já prendeu envolvidos em uma tentativa de fraude e que esses suspeitos foram excluídos do Enem.

O instituto afirma que consultou a Superintendência da PF sobre a suspeita de vazamento e foi informado que o “inquérito está em curso e corre sob sigilo”. “O Inep lamenta que o procurador Oscar Costa Filho use da prerrogativa institucional de ter acesso ao inquérito para vazar informações antes da Polícia Federal concluí-lo”, diz o comunicado.

“O Inep reitera o empenho de colaborar com a Polícia Federal para apurar os fatos, garantindo que não haja prejuízo aos participantes do Enem”, afirma na nota.

O Enem foi aplicado para mais de 5,8 milhões de estudantes nos dias 5 e 6 de novembro. Uma segunda aplicação está marcada para o próximo fim de semana, nos dias 3 e 4, para 277 mil candidatos, que não conseguiram fazer as provas em decorrência de uma série de ocupações de escolas e universidades.