Prédio administrativo da Católica estava ocupado desde 11 de novembro.
Ocupação foi realocada para o Bloco C do campus, após acordo.
Estudantes que ocupavam a reitoria na Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) desde o dia 11 de novembro deixaram o prédio na manhã desta segunda (21) e realocaram a ocupação para o Bloco C. A mobilização dos alunos é contrária à Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que propõe um teto para os gastos públicos da União, aprovada na Câmara dos Deputados como PEC 241 e que seguiu para o Senado como PEC 55.
A saída dos alunos do prédio administrativo foi determinada durante reunião de negociação no domingo (20). Durante o encontro, a universidade se comprometeu a atender a algumas das reivindicações do grupo e, em troca, os estudantes decidiram mudar a ocupação de local.
“Garantimos a reativação da Bolsa Monitoria para 2017, para garantir o pagamento de alguns dos monitores das disciplinas dos cursos da universidade, e, com isso, a gente se comprometeu em realocar nossa ocupação para o Bloco C. Vamos continuar a ocupação normalmente, tranquilamente, com programações diárias”, afirma um dos estudantes do movimento, que preferiu não ser identificado.
Ainda de acordo com o aluno, a falta de diálogo entre o movimento e a universidade, criticada por meio de nota na última semana, foi sanada após a reunião. “A partir de agora, vamos negociar pela totalidade da remuneração dos monitores”, explicou.
Por meio de nota, a Unicap também havia criticado a falta de diálogo com o movimento, mas a instituição também informou ao G1 que o problema foi resolvido após o encontro que resultou na continuidade do movimento em outro ponto do campus.
Nesta segunda (21), a instituição divulgou uma nova nota oficial, se comprometendo a não adotar sanções administrativas ou judiciais aos estudantes que restabeleceram a ocupação no Bloco C do campus.
Outras universidades
Na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), a desocupação mais recente ocorreu na Faculdade de Direito do Recife. O prédio foi deixado pelos estudantes na última sexta-feira (18), um dia após o acordo firmado com a Reitoria da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e a direção da FDR em um encontro que contou com representantes da Defensoria Pública da União (DPU) e do Ministério Público Federal (MPF).
Outros prédios da universidade, no entanto, continuam ocupados pelos estudantes. No campus Recife, os Centros de Artes e Comunicação (CAC), de Biociências (CB), de Educação (CE), de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH), o Departamento de Enfermagem, o Núcleo Integrado de Atividades de Ensino (Niate) e o Núcleo de Educação Física e Desportos (NEFD) permanecem fechados pelos estudantes. Ainda há ocupações nos campi de Caruaru e Vitória de Santo Antão, totalizando nove prédios ocupados.
Na Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), as ocupações permanecem no Centro de Ensino de Graduação Obra-Escola (Cegoe), nos dois prédios do Centro de Estudos da Agricultura (Ceagri 1 e 2), nos departamentos de Química, Matemática e Educação e nos prédios Professor Tarcísio Eurico Travassos e Manoel Amaro. Os campi de Garanhuns e Serra Talhada, no interior, também estão ocupados pelos alunos da instituição.
A Universidade de Pernambuco (UPE), por sua vez, tem dez prédios ocupados até esta segunda (21). No campus Recife, as ocupações foram montadas na Escola Superior de Educação Física (Esef), no Instituto de Ciências Biológicas (ICB) e na Faculdade de Enfermagem Nossa Senhora das Graças (FENSG). Nos campi de Garanhuns e Petrolina, há dois e três prédios ocupados, respectivamente. Os campi de Nazaré da Mata e Palmares também seguem ocupados.
No Instituto Federal de Pernambuco (IFPE), os campi de Olinda e de Barreiros também permanecem ocupados nesta segunda (21).
Ensino médio
Na tarde da quinta (17), estudantes ocuparam a Escola de Referência em Ensino Médio (Erem) Porto Digital, no Centro do Recife. Na noite da quarta (16), outros estudantes ocuparam o Ginásio Pernambucano da Rua da Aurora, no centro do Recife.
Também há registro do movimento contrário à Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do teto dos gastos da União na Escola de Referência em Ensino Médio (Erem) Cândido Duarte e Martins Pereira, no Recife; na Antonio Padilha, em Petrolina, Sertão; e na Conde Pereira Carneiro, em São Lourenço da Mata, na Região Metropolitana do Recife.
A PEC do teto dos gastos da União, como ficou conhecida, foi aprovada na Câmara dos Deputados como PEC 241 e seguiu para o Senado como PEC 55.
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