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Eles estão acampados em sete campi do IF Goiano e do IFG, em Goiás.
Grupo diz ser contra a PEC 241, PL 257 e a reforma do ensino médio.

Estudantes participam de oficinas de ioga durante a ocupações (Foto: Divulgação/ Ocupação IFG Goiânia)

Estudantes participam de oficinas de ioga durante a ocupações (Foto: Divulgação/ Ocupação IFG Goiânia)

Estudantes mantêm a ocupação em sete unidade federais de Educação em Goiás, na manhã deste sábado (22). Eles protestam contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, que estabelece teto para o aumento dos gastos públicos pelos próximos 20 anos, a reforma do ensino médio e a falta de investimento em Educação. Os manifestantes dizem que as ocupações ocorrerão por tempo indeterminado.

Nesta manhã, seguiam ocupados os campi do Instituto Federal Goiano (IF Goiano) de Urutaí eCeres e os campi do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás (IFG) em Goiânia, Goiânia-Oeste, Anápolis, Valparaíso de Goiás, Águas Lindas de Goiás.

Um membro da comissão de comunicação do campus Goiânia do IFG, um estudante que prefere não se identificar, conta que cerca de 300 alunos participam do ato na unidade e outros 100 no campus Goiânia-Oeste. Ele não soube informar o número de manifestantes nos demais campi da instituição.
De acordo com o estudante, eles contam com doações para continuar acampados e realizam diversas atividades, que vão desde algumas oficinas de ioga, xadrez, de arte, instrumentos musicais até a limpeza e manutenção dos campi.

Ele também ressalta que o grupo é contra a Proposta de Lei Complementar (PLP) 257, que prevê alterações na Lei de Responsabilidade Fiscal e vai gerar restrições em relação aos servidores da União, dos estados e municípios. “O PLP-257 vem para acabar com os direitos de todos os servidores públicos, que foram garantidos com muitos anos de luta”, disse o estudante.

O G1 entrou em contato com as assessorias de imprensa do IFG e do IF Goiano, na manhã deste sábado, e aguarda posicionamentos sobre as ocupações.
Em nota enviada na sexta-feira (21), o IFG destacou que os atos “são organizadas por estudantes”. A instituição ainda informa que “as ocupações estão sendo acompanhadas de perto pelos diretores-gerais das unidades ocupadas”.

A instituição informou que “acredita na defesa da Educação por meio do exercício da cidadania”: A Instituição disse que as ocupações acontecem sem o “comprometimento das atividades administrativas e letivas das unidades”, pois as aulas prejudicadas serão repostas.

Estudantes durante ocupação em prédio do IF Goiano em Urutaí (Foto: Reprodução/ TV Anhanguera)

á o IF Goiano informou, também na sexta-feira, que havia 300 alunos na unidade de Urutaí. As aulas estavam suspensas, mas o trabalho administrativo continuava.
Já na ocupação do IFG Goiano em Ceres, o movimento reunia cerca de 50 alunos. As atividades administrativas aconteciam normalmente e alguns professores seguiam ministrando aulas. Em Iporá, houve um protesto no campus em 13 de outubro. No entanto, o IF Goiano disse que a unidade não está ocupada.

O IF Goiano informou, ainda, que “atendendo à deliberação do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif),  tem buscado apoio junto a parlamentares de Goiás contra a aprovação da PEC 241/16. Esta ação foi proposta aos reitores de todos os Institutos Federais do país”.
PEC 241
O texto base da proposta já foi aprovado pela Câmara dos Deputados em primeira votação. Para ter aprovação final, a PEC ainda precisa passar por um segundo turno de votação na Câmara e mais dois turnos no Senado.