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Greve foi iniciada em 19 de maio e, desde então, prédios estão fechados.
Universitários cobram segurança nos campi e são contra Michel Temer.

Do G1 São Carlos e Araraquara

Estudantes da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) decidiram manter a paralisação iniciada no dia 19 de maio, após uma assembleia realzada na noite desta segunda-feira (6), em São Carlos.

A assembleia teve início durante a tarde e foi encerrada depois das 20h, quando todos os pontos apresentados pela mesa haviam sido votados. Os alunos presentes optaram por greve e por manter os prédios das aulas teóricas fechados.

Movimento é contrário ao governo de Michel Temer (PMDB) (Foto: Fábio de Souza/Reprodução EPTV)

Movimento é contrário ao governo de Michel Temer
(PMDB) (Foto: Fábio de Souza/Reprodução EPTV)

Também foram favoráveis a pontos como a cobrança de posicionamento da reitoria sobre os prédios inacabados da universidade e a pautas como o combate ao assédio moral e sexual dentro e fora dos campi e a insegurança na instituição.

De acordo com o movimento estudantil, a assembleia contou com mais de 2,1 mil estudantes e, na tarde desta terça-feira (7), haverá uma reunião dos professores para que a categoria defina seu posicionamento. Na semana passada, em plebiscito, osprofessores da instituição decidiram não aderir ao movimento.

Reitoria
A reitoria divulgou um comunicado no dia 24 de maio informando ser contra o fechamento de prédios de aulas teóricas e se dizendo preocupada com a estratégia de mobilização.

“(..) No exercício de nossa responsabilidade enquanto gestores da Instituição, não podemos admitir que seja impedido pelo trancamento das portas o acesso de toda a comunidade universitária aos edifícios, prática que, reiteramos, apelamos que seja imediatamente interrompida”, disse em nota.

Assembleia do dia 23 contou com a participação de centenas de pessoas (Foto: Ely Venâncio/EPTV)

Assembleia do dia 23 contou com a participação de
centenas de pessoas (Foto: Ely Venâncio/EPTV)

Posicionamento
Entre outros pontos, os alunos são contra o governo de Michel Temer (PMDB), cortes nos orçamentos da Educação e da Saúde,mudanças no Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, a extinção da Controladoria Geral da União e a reforma da Previdência.

Também são contrários à cobrança de cursos de pós-graduação em universidades públicas e ao programa “Escola sem Partido”, que propõe impedir professores de opinarem sobre política e religião em sala de aula.