Estudantes são contrários ao afastamento de Dilma e medidas de Temer.
Prédios onde as aulas são ministradas estão fechados nesta quinta-feira.
Estudantes da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) iniciaram nesta quinta-feira (19) uma paralisação como forma de protesto contra o afastamento de Dilma Rousseff (PT) e as primeiras medidas do governo de Michel Temer (PMDB). Em nota, a instituição de ensino informou que está atenta ao cenário nacional de instabilidade e que defende o debate.
As aulas que seriam ministradas pela manhã nos ATS 1, 2, 5, 7 e 8, no campus de São Carlos, não foram realizadas e os universitários colaram cartazes em frente aos edifícios.
Eles afirmaram que são contra as mudanças no Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, a extinção do Ministério da Cultura e da Controladoria Geral da União, e os riscos de falta de repasses para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e para as farmácias populares.
Também são contrários à cobrança de cursos de pós-graduação em universidades públicas e cortes no orçamento do Sistema Único de Saúde (SUS).
A paralisação deve continuar até a próxima segunda-feira (23), quando uma assembléia geral dos estudantes vai discutir os próximos passos do movimento.
Nota da Reitoria
A Reitoria da UFSCar vem a público manifestar-se neste momento em defesa da pluralidade de ideias e opiniões e das condições de diálogo, em prol da preservação das instituições em geral e da Universidade em particular. Estamos atentos ao cenário nacional de instabilidade, bem como inegociavelmente comprometidos com a defesa de direitos. Inclusive por isso julgamos ser fundamental preservarmos e protegermos a Universidade e que ela esteja organizada, enquanto instituição, para qualificar o debate sobre e agir em relação aos problemas da Nação. Defendemos, como sempre fizemos, que o espaço da Universidade seja ocupado por esse debate, garantindo sempre a liberdade de expressão e o caráter público desse espaço.
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