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Servidores da Unicamp, USP e Unesp pediam cerca de 13% de aumento.
Funcionários da USP, em greve, criticam condições de trabalho.

Do G1, em São Paulo

Fonte: Google

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Os funcionários da Universidade de São Paulo (USP) fizeram uma passeata na Avenida Paulista, em São Paulo, por volta das 14h desta segunda (16). Com eles, servidores da Unicamp e da Unesp caminharam até a rua Itapeva, onde fizeram uma reunião no Cruesp (Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas).
O Fórum das 6, composto pelo Centro Paula Souza, USP, Unesp e Unicamp, busca chegar a um acordo com os reitores sobre a questão salarial. A proposta é que tenham um reajuste da remuneração de acordo com a inflação pelo Dieese, mais 3% – o que daria cerca de 12,84%. No entanto, a proposta do Cruesp foi um reajuste total de 3%. “Soou como uma grande provocação, uma afronta ao movimento”, afirma o diretor do Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP), Magno de Carvalho.

O Cruesp, em comunicado, afirma que a decisão foi tomada por causa da crise financeira das universidades. “Consciente de que o índice proposto não repõe as perdas salariais, o Conselho de Reitores envidará todos os esforços institucionais possíveis de recuperação salarial tão logo as condições econômicas permitam”, afirma o conselho.

“No que diz respeito à UNESP, as disposições deste comunicado serão implantadas em período a ser definido oportunamente, respeitando-se suas disponibilidades orçamentárias e financeiras, e após decisão do seu Conselho Universitário. Quanto à USP, a aplicação das disposições deste comunicado dependerá de decisão de seu Conselho Universitário”, completa o comunicado.
Os funcionários da USP, que declararam estar em greve desde o dia 12 de maio, quinta-feira, também protestam contra o chamado desmonte da universidade – fechamento das creches para filhos de funcionários e estudantes, terceirização dos bandejões, intenção de acabar com o regime de dedicação exclusiva dos professores e degradação dos hospitais, entre outras causas.
Eles pedem políticas de permanência estudantil, como bolsas de estudo, cotas sociais e condições melhores para os trabalhadores e alunos.

“Nenhum desses pontos foi discutido na reunião. Com isso, a tendência é de que todos os setores que não estavam em greve passem a paralisar as atividades”, diz Magno.

USP nega acusações
A USP aponta que as acusações sobre o desmonte não são verdadeiras e que o Sintusp “deveria contextualizar o que representa o ‘desmonte’ da Universidade e não apenas elencar pontos sem embasamento. Vamos a eles:
– as creches não foram fechadas. Continuam atendendo as crianças matriculadas.
– os hospitais ainda não foram vinculados à Secretaria de Saúde.
– não houve fim da dedicação exclusiva dos professores.
– não houve demissão de funcionários. Foi implantado o Programa de Incentivo à Demissão Voluntária no ano passado.
– a Universidade está discutindo novas formas de ingresso a seus cursos de graduação.
– não houve corte de bolsas”, afirmou a USP em nota.