Principal reivindicação é contratação de mais professores.
Alunas afirmam que permanecerão no local por tempo indeterminado
Estudantes de Letras da Universidade de São Paulo (USP) ocupam o prédio do curso, na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), desde a noite da última quarta-feira (11). As principais reivindicações são contratação de mais professores e políticas de permanência estudantil, como cotas e creche para os filhos dos alunos.
“Estávamos tendo aula no chão, porque são poucos professores e as salas ficam superlotadas”, afirma Jéssica Antunes, de 25 anos, uma das diretoras do Centro Acadêmico da Letras. “Não tem outra forma de conseguir isso a não ser por esse meio mais radical.”
Alunos de outras faculdades da USP fazem assembleias para definir se também paralisarão as atividades.
O Sindicato dos Trabalhadores da USP determinou na quinta-feira (12) greve por tempo indeterminado dos funcionários. Por isso, alguns professores não conseguiram as chaves para abrir as salas de aula.
A assessoria da USP disse que a greve dos funcionários não afetou as faculdades.
Na ocupação da Letras, formada por principalmente mulheres, luta-se também para que os professores não passem a ser temporários – proposta da reitoria, de acordo com as estudantes. “Se isso acontecer, nossos professores não vão mais se dedicar à pesquisa. E é isso que faz da USP um destaque na América Latina”, afirma Bruna Fernandes, de 22 anos, também do Centro Acadêmico.
Na pauta, também estão a expulsão da PM do campus, o permissão de festas na universidade e abertura do livro de contas da USP.
As jovens afirmam que não há prazo determinado para saírem do prédio, a não ser que a reitoria se comprometa a contratar mais professores.
Mantimentos estão sendo trazidos por outros estudantes e por pessoas de fora da instituição.
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