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Adolescente vai prestar o Enem para tentar uma vaga em faculdade.
‘Toda profissão depende de um professor’, diz estudante de Sorocaba.

Estudante se debruça nos livros de segunda a sexta-feira (Foto: Arquivo Pessoal/ Nathália Campelo)

Estudante se debruça nos livros de segunda a sexta-feira (Foto: Arquivo Pessoal/ Nathália Campelo)

Uma estudante de Sorocaba, no interior de São Paulo, se prepara para o prestar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e realizar um sonho que tem desde pequena: ser professora. Apesar do cenário não muito promissor e comentários sobre a desvalorização da profissão, Nathália Campelo Ferraz Guirao, de 17 anos, se debruça nos livros de segunda a sexta-feira e, apesar de reduzir o horário de estudo, as lições não são deixadas de lado nem aos finais de semana.

Nathália frequenta o ensino médio de manhã, estuda à tarde e vai ao cursinho no período da noite. Tudo isso para prestar o Enem, além de outros três vestibulares: Fuvest, Unicamp e Vunesp. “Desde os 9 anos tenho atração pela área. Não é uma profissão valorizada e cheguei a ficar em dúvida pela questão financeira, mas é minha paixão. Fui pela felicidade”, diz a jovem.

Sobre a escolha da profissão, a estudante está confiante e cheia de sonhos. “Tive a confirmação de que queria fazer isso pelo resto da vida durante uma feira de profissões que participei no ano passado. Vi que só serei feliz desse jeito. Toda profissão depende de um professor. Sonho em ter uma escola privada e me especializar em psicopedagogia, mas também quero trabalhar em diversas escolas – públicas e particulares – para ver as diferenças do ensino”, comenta.

Rotina intensa
Após deixar as aulas regulares do ensino médio de uma escola técnica, Nathália permanece na unidade por três horas durante a tarde para revisar os conteúdos para o Enem. “Durante o almoço, aproveito para acompanhar as notícias pela internet. Depois me programo para estudar até as 16h. Cada dia é uma matéria, mas me concentro principalmente em física e matemática. Também participo de monitorias de química e inglês até às 18h”, relata.

Desde março, a estudante frequenta um cursinho pré-vestibular gratuito oferecido na cidade. Aos sábados, ela acorda às 9h para fazer mais uma maratona de estudos, apenas com pausa para o almoço. Somente a partir das 19h é que Nathália se permite descansar. “No tempo livre, gosto de sair fora de casa, tomar um sorvete, ir ao cinema, praticar algum esporte ou ler um livro que não seja sobre vestibular”, brinca.

A rotina de estudos da jovem ainda inclui assistir vídeo aulas, ler apostilas de instituições particulares e refazer provas antigas, além de testar os conhecimentos por meio de simulados. “Aos domingos, quando não faço simulado, uso o tempo para fazer as lições da escola. A gente sabe que [a prova] não está valendo, não tem tanta pressão, mas ajuda a ver o que ainda preciso estudar”, diz.

Nathália participa de simulados e costuma refazer provas antigas (Foto: Arquivo Pessoal/ Nathália Campelo)

Nathália participa de simulados e costuma refazer provas antigas (Foto: Arquivo Pessoal/ Nathália Campelo)

Enem 2014
No ano passado, a estudante prestou o Enem pela primeira vez como trainee e não achou a prova difícil. “Tem pegadinha e é muito cansativa, mas não é difícil. Ter feito a prova como trainee me ajudou a ver que precisava estudar mais as matérias de exatas. Fiquei satisfeita com a nota da redação – cerca de 700 – porque ainda não tinha essa aula na escola e não treinava. Este ano será melhor”, afirma.

Nathália acredita que fazer as provas antigas é uma maneira de otimizar o tempo de estudo na reta final para o Enem, que ocorre nos dias 24 e 25 de outubro. “Ninguém se sente totalmente seguro, fico me perguntando ‘será que eu sei tudo?’. Pode ser que caia uma matéria que eu não domino, por isso vou avaliando meus conhecimentos pelas provas passadas e assim identifico o que falta estudar”, completa.

Redes sociais e escolhas
Assim como muitos jovens, Nathália possui algumas redes sociais, mas diz que não tem o hábito de ficar horas navegando. “Não costumo entrar muito porque distrai, só na hora do almoço”, garante.

Ao mesmo tempo, a estudante descobriu na tecnologia um aliado: o aplicativo G1 Enem, que funciona como um jogo de perguntas e respostas, além de oferecer vídeos curtos com dicas sobre as matérias. “Eu amei. Achei super interessante, é uma maneira divertida de estudar.”

Jovem testa conhecimentos pelo aplicativo G1 Enem (Foto: Arquivo Pessoal/ Nathália Campelo)

Jovem testa conhecimentos pelo aplicativo G1 Enem (Foto: Arquivo Pessoal/ Nathália Campelo)