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O domínio do idioma inglês, dentro do processo histórico de descongelamento das relações entre Estados Unidos e Cuba, será um requisito para se formar nas universidades da ilha, anunciou o ministro da Educação Superior cubano, Rodolfo Alarcón.

Serão criadas condições para que se incorpore gradualmente ao programa de ensino aulas de inglês, segundo o ministro, citado pelo jornal oficial Granma.

“Temos de resolver o problema do profissional cubano que não é capaz de se expressar no idioma universal de nossos tempos”, enfatizou o ministro, acrescentando que serão oferecidos aos estudantes cursos e acesso a plataformas que permitam o aprendizado de forma autônoma.

Na semana passada, Granma anunciou que o ensino do inglês passará a ser uma das prioridades no sistema educacional na ilha.

“Como prioridades na educação, foram mantidos o ensino da História de Cuba e da língua materna (espanhol), assim como o domínio do idioma inglês”, afirmou o jornal estatal.

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Estudantes caminham no Museu de la Revolución, em Cuba. (Fonte: UOL)

Nos anos 70, o ensino do inglês foi substituído pelo russo, idioma do principal aliado de Cuba desde a revolução de Fidel Castro em 1959, a União Soviética.

Com a desintegração do bloco soviético em 1991, o inglês voltou aos programas de ensino, mas a atual aproximação entre Washington e Havana desencadeou um grande interesse dos cubanos por aprender a língua.

“O idioma inglês é imprescindível porque a cada dia que passa teremos mais contato (com os Estados Unidos e outros países). Além disso, vocês sabem, com a tecnologia é preciso falar inglês. Se falarem dois ou três idiomas melhor, mas o inglês é imprescindível”, declarou o número dois do Partido Comunista cubano (único), José Ramón Machado Ventura, ao fim de um congresso de estudantes universitários no último sábado.

Fidel Castro reconheceu em 2008, dois anos depois de delegar o mandato a seu irmão Raúl, a importância de falar o idioma do inimigo: “Os russos estudavam inglês. Todo mundo estudava inglês, menos nós, que estudávamos russo”, lamentou.

Apesar das tensões com os Estados Unidos, os cubanos incorporaram muitas palavras do inglês a sua língua coloquial.