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Para o segundo semestre deste ano, estimativa é que a quantidade de vagas fique entre 80 mil a 120 mil

POR O GLOBO

Fonte: Google

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BRASÍLIA – O ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, confirmou nesta quarta-feira a informação de que o MEC estuda ampliar a taxa de juros na nova edição do Fies, que será lançada nos próximos dias, conforme noticiou O GLOBO hoje. Está em análise também a redução da carência para pagamento – de 18 meses para 12 meses após a formatura.

— Estamos fazendo simulações no computador para ver todas as hipóteses, juros, a priorização regional e outras hipóteses que visem dar mais saúde financeira ao Fies — afirmou Janine, sem, no entanto, detalhar as medidas.

A proposta mais viável, dentro do governo, é elevar a taxa de juros, hoje de 3,4% ao ano, para 6,5% ou algo próximo a esse índice. O MEC está em negociação com o Ministério da Fazenda para verificar a quantidade de vagas que poderão ser abertas no segundo semestre do ano. A estimativa é de que fiquem entre 80 mil e 120 mil vagas.

Na primeira edição do Fies este ano, foram fechados 252,4 mil novos contratos. Se o teto previsto de 120 mil vagas para o segundo semestre for confirmado, serão, no total, cerca de 372,5 mil adesões ao financiamento em 2015. O número corresponde a 50% dos novos contratos firmados no ano passado.

O MEC avalia ainda incluir, nas novas regras do Fies, que a seleção dos alunos para o crédito estudantil seja feita a partir da nota obtida no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Uma nova plataforma digital será usada para as inscrições.

A exemplo do preenchimento das vagas em universidades públicas por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), os candidatos ao Fies poderão monitorar a nota de corte do curso pretendido, calculada pelo programa de inscrição. Caso não tenha pontuação suficiente, ele tem a opção de migrar para outras oportunidades.

Janine destacou que todos os financiamentos do Fies existentes serão mantidos até que o aluno termine o curso. Apesar disso, o ministro criticou parte das instituições que recebem o dinheiro do governo em troca da vaga disponibilizada ao estudante, numa referência a reajustes de mensalidades considerados abusivos :

— Se há instituições que fizeram alguma coisa errada, e há instituições que fizeram coisas erradas, poderão ser suspensas para novos financiamentos. Mas os financiamentos que estão lá serão pagos até o final. Essa segurança o aluno tem — disse Janine.