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A taxa de homicídios entre crianças e adolescentes com idades entre 1 e 19 anos cresceu 375,9% nas últimas três décadas, segundo o Mapa da Violência 2012- Crianças e Adolescentes, divulgado nesta quarta-feira pelo Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americanos (Cebela) com base em dados do Ministério da Saúde. (veja a íntegra do estudo em PDF).

 
O levantamento compara os números de 1980 com os de 2010 e aponta que, atualmente, os assassinatos possuem o maior peso dentre os fatores externos que provocam as mortes de jovens no país. Em 2010, os fatores externos (assassinatos, acidentes, suicídios) representavam 26,5% das mortes nessa faixa etária – em 1980 eram apenas 6,7% do total das mortes de crianças e jovens no país.

Dentre os fatores externos em 2010, os assassinatos tiveram o maior peso dentre as mortes: representaram 43,3% do total. Os acidentes de transporte representaram outros 27,2%.

Isoladamente, homicídios de crianças e adolescentes foram responsáveis por 22,5% das mortes dentre a faixa etária no país naquele ano, aponta o levantamento.

A comparação aponta que as mortes cresceram ainda mais na última década. Enquanto que, em 2000, a taxa de assassinatos dentre as crianças chegava a 11,9 por mil pessoas entre 1 e 19 anos, em 2010 a taxa chegou a 13,8. Segundo o censo do IBGE daquele ano, crianças e adolescentes representavam 31,3% da população.

Entre os estados, Alagoas e Espírito Santo lideram em 2010 a taxa de assassinatos de jovens: 34,8 e 33,8 para cada 100 mil, respectivamente. Já São Paulo e Piauí são os que melhor protegem suas crianças e adolescentes dos crimes, com taxas de 5,4 e 3,6 pro 100 mil, respectivamente, apontam os números.

Em comparação com o ano 2000, porém, Bahia e Pará foram os estados que apresentaram maior crescimento da taxa de assassinatos em 2010, com aumento de 576,7% e 351,3%, respectivamente.