fbpx

A região noroeste do Paraná tem cinco municípios no ranking que lista as 20 cidades com maiores taxas de mortes de crianças e adolescentes de 0 a 19 anos de idade, em acidentes de transporte. O dado é da pesquisa Mapa da Violência 2012: crianças e adolescentes do Brasil, que registra taxas de mortes violentas dessa faixa da população. A pesquisa foi divulgada nesta quarta-feira (18). O primeiro município do País no quesito é Barbalha (CE), com taxa de 89 mortes por acidentes de transporte a cada 100 mil crianças e adolescentes. Os dados utilizados são de 2010. O Paraná ocupa a primeira posição no ranking dos Estados, com taxa de 15 mortes por acidentes de transporte a cada 100 mil crianças e adolescentes – no ano 2000, o Estado estava na 4ª posição.

Os cinco municípios do Paraná que estão entre os 20 primeiros no quesito mortes em acidentes de transporte são: Cianorte (3ª posição, com taxa de 48,4 óbitos por acidentes de transporte a cada 100 mil crianças e adolescentes), Paranavaí (6º, taxa de 37 óbitos/100 mil), Arapongas (13º, taxa de 29,6 óbitos/100 mil), Campo Mourão (14º, taxa de 29.5 óbitos/100 mil) e Umuarama (19º, taxa de 27,6 óbitos/100 mil).

Além dessas cidades da região noroeste, o Paraná ainda tem outros dois municípios no ranking dos 20 com maiores taxas de mortes de crianças e adolescentes em acidentes de transporte. São eles Francisco Beltrão (2ª posição, com taxa de 48,5 óbitos/100 mil) e Toledo (10ª posição, taxa de 32,9 óbitos/100 ,il).

Maringá ocupa a 58ª posição, com taxa de 19,8 óbitos por acidentes de transporte a cada 100 mil crianças e adolescentes.

A pesquisa destaca que a inclusão na lista não implica responsabilizar o município pelos fatos. “De acordo com as circunstâncias, o problema pode ser da esfera federal ou da estadual”, ressalta o autor.

A pesquisa

O Mapa da Violência 2012: Crianças e Adolescentes do Brasil é um trabalho realizado pelo sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz. As fontes utilizadas para a realização do estudo foram: o Sistema de Informações de Mortalidade – SIM, com dados de 1980 até 2010 e o Sistema de Informação de Agravos de Notificação – Sinan, com dados do ano 2011, ambas as fontes do Ministério da Saúde, além do Sistema de Informações Estatísticas da Organização Mundial da Saúde – Whosis para as análises internacionais.

Além das mortes por acidentes de transporte, a pesquisa também levantou dados sobre óbitos relacionados a suicídios, homicídios, acidentes em geral (quedas, queimaduras, etc) e registros de violência física e sexual.