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Em entrevista à Rádio CBN Vitória na manhã desta quarta-feira (18), o sociólogo e responsável pelo Mapa da Violência 2012 Crianças e adolescentes no Brasil, Julio Jacobo Waiselfisz, frisou que 60% da violência no Espírito Santo ocorre no seio familiar. O Estado é o segundo do país em número de mortes de crianças e adolescentes, com uma média de 33,8 homicídios por 100 mil habitantes.

O sociólogo destacou que o Estado precisa atuar para inibir a violência e não colocar a culpa apenas no tráfico de drogas. “Existe um mito que no Espírito Santo a violência está toda ligada ao tráfico de drogas. As evidências dos nossos estudos apontam para a violência no seio familiar. Falar que é culpa do tráfico de drogas é um caminho um pouco perigoso de justificar a negligência do Estado. O Estado tem que levar o problema a sério e trabalhar em programas de segurança”.

A pesquisa foi divulgada pelo Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americanos (Cebela) nesta quarta-feira (18) e o Espírito Santo só está atrás do Estado de Alagoas que possui o índice de 34,8 homicídios por 100 mil habitantes.

Julio também destacou que o Estado conseguiu estagnar o índice da violência, mas isso não é o suficiente. “A violência no Espírito Santo é uma questão histórica. O Estado tem apresentado alto índice de violência não apenas com crianças e adolescentes, mas em várias áreas. Podemos chamar de cultura de violência. O Estado conseguiu estagnar os índice, mas é preciso reduzi-lo”.

Os Estados que possuem o menor índice de violência a criança e ao adolescente são Piauí, Santa Catarina e São Paulo.