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Salvador – A Bahia foi o estado que teve o maior aumento na taxa de homicídios de jovens do país entre 2000 e 2010, de acordo com dados da pesquisa “Mapa da Violência 2012 – Crianças e Adolescentes do Brasil” apresentada nesta quarta-feira (18). Já na comparação entre 1980 e 2010 os dados revelam que o estado é o terceiro maior no número de assassinatos contra jovens com faixa etária entre 1 e 19 anos, atrás apenas de Alagoas e Espírito Santo.

 

A pesquisa indica que enquanto em 2000 foram registrados na Bahia 3,5 homicídios de cada 100 mil habitantes, em 2010 esse número chegou a 23,8, representando um aumento de 576,7%, o mais alto do país. No segundo Estado da lista, o Pará, o aumento foi de 351,3%. No Brasil, a taxa de homicídios contra jovens aumentou 346% no mesmo período.

Entre 1980 e 2010, o relatório mostra que na Bahia houve um dos maiores aumentos em número de assassinatos de jovens, chegando a 23,8 homicídios por 100 mil habitantes. No Brasil, a taxa teve um crescimento de 375,9% no mesmo período.

Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador, é o município onde mais se mata jovens no Brasil, com 134,4 mortes para cada 100 mil habitantes. O município, que responde pela quinta maior economia do estado e tem uma população de cerca de 116 mil pessoas, possui uma taxa de homicídios em torno de 146,4 casos a cada 100 mil habitantes. O relatório mostra ainda que outras duas cidades baianas – Porto Seguro e Itabuna – ocupam respectivamente a 5ª e a 8ª posição no ranking das 10 mais violentas.

Em Salvador, os números apresentam alta quando analisados individualmente em relação ao Estado. Em 2000, o índice de homicídios contra jovens na capital era de 6,3 para cada 100 mil habitantes. Já em 2010, aumentou para 58, fazendo com que a cidade ocupe a 4ª posição entre as capitais com maior número de homicídios de jovens.

O relatório foi divulgado pela comemoração dos 22 anos de vigência do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), completados na última sexta-feira, em parceria da Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais (Flacso) e do Centro Brasileiro de Estudos Latino-americanos.