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Em 2010, 43,3% dos jovens com idade entre 0 e 19 anos foram vítimas de homicídio.

A principal causa de morte das crianças e adolescentes no Brasil hoje é o homicídio. Entre 1980 e 2010, o número de meninos e meninas com idade entre 0 e 19 anos assassinados aumentou 376%, passando de 1.825 vítimas para 8.686 em 30 anos.

O balanço faz parte do Mapa da Violência 2012- Crianças e Adolescentes do Brasil, divulgado nesta quarta-feira (18) pelo Cebela (Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americanos), com base em dados do Ministério da Saúde.

De acordo com o estudo, o número de assassinatos de crianças e adolescentes cresceu na contramão de outros índices, como as causas naturais, por exemplo. Nos últimos 30 anos, houve uma queda de 77,1% nas mortes por causas naturais. Nesse mesmo período, as mortes por causas externas cresceram 14,3%.

Em 2010, os homicídios foram a principal causa de morte de crianças e adolescentes — 43,3% do total. A média nacional em 2010 foi de 13,8 homicídios para cada 100 mil crianças e adolescentes. A segunda causa de mortes está relacionada aos acidentes de transporte (27,2%), seguida de outros acidentes (19,7%). 

De acordo com o Mapa da Violência, a taxa de 13 homicídios para cada 100 mil crianças e adolescentes leva o Brasil a ocupar a quarta posição entre 92 países analisados, com índices entre 50 e 150 vezes superiores aos de nações como Inglaterra, Portugal, Espanha, Irlanda, Itália e Egito, que têm taxas de 0,2 homicídios para cada 100 mil crianças e adolescentes.

Alagoas e Espírito Santo têm as maiores taxas de assassinatos no Brasil — 34,8 e 33,8, respectivamente. No sentido contrário, Piauí e São Paulo são os Estados onde crianças e adolescentes morrem menos vítimas de homicídio, com taxas de 3,6 e 5,4, respectivamente. 

Em comparação com o ano 2000, porém, Bahia e Pará foram os Estados que apresentaram maior crescimento da taxa de assassinatos em 2010, com aumento de 576,7% e 351,3%, respectivamente.