A diretora da Flacso Brasil, Rita Potyguara, participou do II Fórum Internacional de Sustentabilidade e Educação, realizado no Museu de Arte do Rio, em um painel que reuniu lideranças indígenas e especialistas latino-americanos para discutir o papel da educação na construção de sociedades sustentáveis e interculturais.
O evento, promovido pela Organização dos Estados Ibero-Americanos (OEI) e pela Fundação Santillana, reuniu representantes de diferentes países da região, consolidando-se como um espaço de diálogo entre saberes ancestrais e práticas educacionais contemporâneas.

Na mesa intitulada “Educação, ancestralidade e sustentabilidade”, a diretora da Flacso Brasil compartilhou reflexões sobre os desafios e avanços da educação escolar indígena no Brasil, ressaltando que as escolas indígenas são, antes de tudo, espaços de vida e de pertencimento. “Falar de educação escolar indígena é pensar na escola como um símbolo de presença e resistência. Ela não é apenas um prédio, mas o espaço onde reafirmamos nossa forma de ser e estar no mundo”, afirmou.
Durante sua participação, Rita Potyguara destacou também a importância de uma gestão escolar comunitária, que envolva lideranças locais, professores, anciãos e jovens nas decisões sobre o projeto pedagógico. Segundo ela, o modelo de escola indígena propõe uma nova lógica de ensino, baseada na autonomia, na coletividade e no diálogo entre saberes.“A escola indígena só faz sentido se for comunitária. É um espaço onde todos, mestres, anciãos, agentes de saúde, lideranças, têm voz e poder de decisão. Essa é a verdadeira democratização da educação”, enfatizou.

O II Fórum Internacional de Sustentabilidade e Educação reafirmou a urgência de integrar os saberes indígenas às políticas de sustentabilidade e destacou o papel das instituições de ensino superior e de pesquisa na construção de um futuro mais justo, diverso e sustentável.
Fotos: OEI Brasil
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