Nesta quinta, 14, acontece a formalização da parceria entre COIAB, ACT-Brasil e Flacso Brasil, que vai ofertar cursos de extensão, especialização e mestrado internacional
Nesta quinta-feira, 14 de dezembro, a Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso), a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB) e a Amazon Conservation Team Brasil (ACT-Brasil) assinam termo de cooperação técnica, científica e cultural para a criação do projeto “Economias Indígenas no séc XXI: novos modelos de desenvolvimento”. A cerimônia de formalização da parceria será realizada às 19h, na Casa de Retiros Assunção, em Brasília.
Frente às ameaças à Amazônia por projetos predatórios de desenvolvimento e crescimento econômico, as três organizações unem esforços para atender à antiga reivindicação do movimento indígena: a criação de um projeto formativo construído a partir de suas perspectivas, com atenção às suas demandas e com certificação formal. Com proposta inovadora, o projeto vai ofertar cursos de extensão, especialização e mestrado internacional para lideranças indígenas das 64 organizações de base da rede COIAB.
As atividades serão realizadas em formatos presencial, semipresencial e EaD, com ações presenciais em território. A COIAB tem protagonismo na elaboração da proposta formativa, por meio do Centro AMazônico de Formação Indígena (CAFI). De acordo com os organizadores, a proposta é a formação de novos líderes, para que tenham condições de atuar como sujeitos ativos na descoberta e desenvolvimento das estratégias que mudarão o destino da Amazônia e do planeta, potencializando as economias da floresta e soluções frente aos desafios ambientais globais.
Inovação e replicabilidade
Os modos de vida indígenas e suas formas de relação com o ambiente e com a sociedade visam o bem comum e a continuidade da vida humana e não-humana no território. A partir de suas perspectivas, novos modelos de futuro podem ser adotados, com benefícios para todo o planeta.
A partir dessa premissa, os cursos serão idealizados e construídos, desde a sua base, com profissionais indígenas na equipe, o que propicia que o seu formato e grade curricular estejam mais próximos à realidade das demandas dos povos indígenas da Amazônia. A expectativa é que tenham início em 2024 e que alcance a formação de mais de 200 pessoas, entre lideranças e comunicadores indígenas da rede COIAB nas primeiras turmas.
A expectativa é que, a partir da formação das primeiras turmas, o projeto possa contemplar mais regiões da Amazônia e sirva de modelo para outras iniciativas de valorização das epstemologias e perspectivas indígenas de relação com o ambiente.
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