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por Daniele Madureira – Acessa.com

Existe um grupo no Brasil que não consegue comemorar a queda na taxa de desemprego no último ano – que recuou quatro pontos percentuais entre o terceiro trimestre de 2021 e o terceiro trimestre de 2022, para 8,7%. Os jovens são uma das faixas etárias de maior rotatividade nas companhias: como não têm experiência e ganham pouco, os jovens são trocados com facilidade. Os mais pobres são especialmente prejudicados neste cenário: sem cursar uma faculdade, condição que os colocaria mais facilmente em programas de estágio ou trainee, eles ficam com as vagas que exigem menor qualificação, mais fáceis de serem descartadas.

Na opinião da pesquisadora Miriam Abramovay, coordenadora da Área de Juventude e Políticas Públicas da Flacso Brasil (Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais), é preciso que as empresas se atentem ao que os jovens querem depois da pandemia. “O movimento de quiet quitting [demissão silenciosa], em que os jovens contestam a produtividade a qualquer custo, está presente em todas as classes sociais”, diz ela, socióloga e mestre em educação.