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Cidadão comum que sai armado tem mais chance de morrer, diz autor do Mapa da Violência

Julio Jacobo Waiselfisz, da Flacso Brasil, também se posiciona contra propostas de redução da maioridade penal e diz que o problema é de educação e não de segurança. Ainda analisa a crise do sistema penitenciário brasileiro e vê o excessivo encarceramento como incentivador do próprio crime organizado. “Se encarceraram 720 mil [total hoje de presos, segundo o Ministério da Justiça], e a violência diminuiu? O tráfico diminuiu? Não é isso que se vê.”

Presídios brasileiros, uma antologia de violência sem trégua

Dezenas de presos se amontoam no corredor de um presídio formando uma longa fila que termina em uma mesa servida fartamente com 146 linhas de cocaína. Um a um, os presos a aspiram em meio a um clima de festa e ostentação. Essas imagens, registradas com o celular por um detento e publicadas nas redes sociais, integram uma antologia alucinada de vídeos divulgados nos primeiros dias de 2018. Para Julio Waiselfiz, “haverá novas rebeliões e massacres dentro e fora das cadeias porque a crise de segurança não é exclusiva dos presídios.”