fbpx
Customize Consent Preferences

We use cookies to help you navigate efficiently and perform certain functions. You will find detailed information about all cookies under each consent category below.

The cookies that are categorized as "Necessary" are stored on your browser as they are essential for enabling the basic functionalities of the site. ... 

Always Active

Necessary cookies are required to enable the basic features of this site, such as providing secure log-in or adjusting your consent preferences. These cookies do not store any personally identifiable data.

No cookies to display.

Functional cookies help perform certain functionalities like sharing the content of the website on social media platforms, collecting feedback, and other third-party features.

No cookies to display.

Analytical cookies are used to understand how visitors interact with the website. These cookies help provide information on metrics such as the number of visitors, bounce rate, traffic source, etc.

No cookies to display.

Performance cookies are used to understand and analyze the key performance indexes of the website which helps in delivering a better user experience for the visitors.

No cookies to display.

Advertisement cookies are used to provide visitors with customized advertisements based on the pages you visited previously and to analyze the effectiveness of the ad campaigns.

No cookies to display.

Por O Globo
O número de processos de feminicídio registrou aumento de 63% em um ano. O Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ) informou que a quantidade de casos na Justiça fluminense de mulheres mortas em função do gênero subiu de 54 para 88, em comparação do mesmo período de 2016 e 2017, conforme antecipou o colunista do GLOBO, Ancelmo Gois.
O mês de outubro, segundo o tribunal, foi o mais violento para elas. Houve 13 registros, contra cinco nos mesmos 31 dias do ano anterior. As detenções resultantes de processos de violência doméstica, por sua vez, subiram 173,45% de 2011 a 2016. Em seis anos, as prisões de agressores passaram de 550 para 1.504 — neste ínterim, foram 531 histórias de abuso, segundo o Observatório da Violência contra a Mulher.
Em 2015, o governo federal sancionou a Lei do Feminicídio — a Lei 13.104 — e classificou como homicídio qualificado o assassinato de mulheres por questão de gênero. A legislação aumentou a pena para os autores desse crime. Não se trata, portanto, da totalidade de pessoas do sexo feminino mortas, mas as vítimas de violência por serem mulheres. No mesmo ano, o TJ-RJ criou o Observatório Judicial da Violência Contra a Mulher para reunir dados estatísticos, legislação, relatórios e orientação ao público sobre órgãos de proteção e delegacias especializadas para ocorrências e ameaças.
Não raro criticado por quem ataca o politicamente correto, o termo “feminicídio” é enquadrado a crimes com motivação ligada ao gênero. A palavra apareceu no século XIX. Seu significado atual, porém, ganhou força nos anos 1970, impulsionado por ativistas, como a sul-africana Diana Russel.Em novembro, a defensora pública Arlanza Rebello, coordenadora de Defesa dos Direitos da Mulher da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro (DPRJ), explicou ao GLOBO que a ideia é distinguir as ocorrências de homicídios dolosos gerais e cobrar políticas públicas focadas no problema.
O Mapa da Violência Contra a Mulher * estima que, no Brasil, 13 mulheres são mortas por dia. Dos 4.762 assassinatos de mulheres em 2013, mais de 50% foram cometidos por familiares. Em outubro do ano passado, o 11º Anuário Brasileiro de Segurança Pública revelou que o Rio era o estado brasileiro com a menor quantidade de mortes de mulheres registradas como feminicídio. Segundo os responsáveis pelo levantamento, o baixo índice indica que há subnotificação e que a polícia não está preparada para lidar com a violência contra a mulher.

* Nome original da publicação é Mapa da Violência 2015 – Homicídio de Mulheres no Brasil, de autoria de Julio Jacobo, coordenador do Programa Estudos sobre a Violência, da Flacso Brasil.