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UERJ

  A possibilidade de realizar um intercâmbio é algo tentador para a maioria dos estudantes universitários com anseio pelo novo e vontade de conhecer outras culturas. Quando se pensa nos destinos, raramente a Alemanha desponta entre as primeiras opções, muitas vezes pela preconcepção de que o idioma seria uma barreira. Para provar que o alemão está longe de ser um real impedimento, facilitar o acesso aos programas de intercâmbio entre o Brasil e a Alemanha e ampliar a divulgação de informações de forma transparente, somado a outros objetivos, no final de março deste ano, a Rede Brasil-Alemanha Internacionalização do Ensino Superior (Rebralint) foi fundada por professores de diferentes áreas de conhecimento, dentre elas humanas, exatas e biológicas, e de todos os cantos do Brasil, que já desenvolveram algum tipo de cooperação com a Alemanha.

  Por conta da necessidade de se instalar a sede no Rio de Janeiro e por seu histórico de experiências na Alemanha, a professora do Instituto de Letras da UERJ, Gabriela Marques-Schäfer, foi eleita presidente da Rebralint. Segundo a docente, a ideia é que os professores-membros ofereçam um trabalho de embaixadores especialistas sobre a Alemanha e universidades alemãs e sobre as cooperações com o país, como possibilidades de estudos e bolsas. “Os departamentos vão te dar toda a parte burocrática, mas não vão conseguir falar sobre as experiências e as dificuldades, que são coisas que professores que já estão com a mão na massa sabem melhor, pois já percorreram esse caminho”, defende Gabriela, que explica ainda que a Rebralint aposta também no engajamento pessoal como chave para motivar novas parcerias, funcionando de forma complementar aos departamentos de cooperação internacional das universidades, se apresentando em um viés mais pessoal que institucional.

  A presidente da Rede revela também que um dos planos futuros é a criação de um portal. Nele, poderá ser encontrado um banco de dados que servirá como fonte de informações para aqueles que queiram descobrir cooperações existentes e para que professores registrem seus projetos. Gabriela acrescenta ainda que, ao contrário do que se acredita, a Rede oferece um trabalho voluntário de divulgação, sem remuneração alguma: “Experiências positivas você conta sem ser obrigado a contar, sem precisar ganhar extra por causa disso. É algo que sempre fiz, mas nunca teve esse caráter de rede, conectado com os professores de todas as áreas de conhecimento de todos os cantos do Brasil”.

  A Rebralint

  Fundada com 31 membros, incluindo professores de universidades brasileiras, professores visitantes alemães (professores leitores) e representantes de instituições alemãs no Brasil, a ideia de criação da Rede foi proposta em um congresso que visava discutir a internacionalização das universidades brasileiras, sendo bem recebida pelos participantes, que logo se prontificaram a fazer parte dela.

  Entre os principais objetivos da Rede, estão: organizar eventos regionais e nacionais, conectar as pessoas, trocar experiências e fomentar de forma qualitativa e quantitativa as cooperações já existentes e reconhecer o trabalho daqueles que já fazem cooperação. Atualmente, a Rebralint tem sua sede junto ao DAAD (Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico), em Botafogo.