A terça-feira (14) começou agitada na capital do Rio de Janeiro. Estudantes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), professores e funcionários públicos da Cedae, a companhia de águas do Estado fazem um protesto desde às 10h em frente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), no Centro.
Apesar da manifestação, a votação do projeto que quer privatizar a Cedae foi adiada e só ocorrerá ao longo da semana que vem.
Já a partir das 17h começa o Festival Viva UERJ na Concha Acústica ( Rua São Franciscco Xavier, 524. Maracanã). O Cuca da União Nacional dos Estudantes (UNE) fará uma cobertura colaborativa do evento acompanhe pela página no Facebook.
“São artistas daqui que estão fazendo shows gratuitos para apoiar a universidade”, explica a coordenadora geral do DCE, Natália Trindade. E completa: “queremos mostrar que a universidade é um corpo vivo que vai além da sala de aula”.
Se apresentam artistas como Leoni, Grupo Pé de Louro, Isabella Taviani, Teresa Cristina, Frejat, Myllena, Paulão 7 Cordas e Ramon Araújo, Felipe Filósofo, André Jamaica, Clarice Magalhães, J Pedro Holanda, Pedro Miranda, Thaís Gulin, Renata Jambeiro, Sidney Matos, Xandy Carvalho, Coletivo Porangareté, APA FUNK, entre outros.
Crise
O calendário acadêmico da UERJ permanece ativo, mas as aulas estão suspensas. De acordo com o DCE não há previsão de volta. “A condição que a reitoria impôs é que o governo do Estado apresente um calendário de repasse para a manutenção da universidade”, explicou Natália.
A Revista Carta Capital divulgou que o orçamento da universidade em 2016 previa gastos de 1,1 bilhão de reais, mas 35% desse valor não foi repassado, segundo dados informados pela Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz). Só em pessoal, encontram-se pendentes de pagamento 212,4 milhões de reais, que representam 18,9% do orçamento total.
A capital fluminense também sofre com a possibilidade de greve da Polícia Militar. Para tentar se evitar o caos que tomou conta do Espírito Santo no início do ano se iniciou hoje a Operação Carioca que une Forças Armadas, Força Nacional e forças de segurança pública do Rio. Além de tudo, está em trâmite também um processo no Tribunal Regional Eleitoral de cassação do mandato do governador Luiz Fernando Pezão, que está recorrendo
Na última reunião da diretoria executiva da UNE o documento final aprovado os estudantes fala sobre a crise financeira preocupante que alguns estados vivem como Paraná, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Rio Grande do Sul que declararam publicamente situação de calamidade orçamentária. “Exemplo disso são as universidades públicas estaduais que pedem socorro em meio a essa crise, a exemplo da UERJ, onde os estudantes e profissionais da educação estão em luta permanente e contra o desmonte da universidade”, diz trecho.
Fonte: UNE
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