Incluindo os treineiros, foram convocados 22.870 candidatos; nova etapa do vestibular que dá acesso à USP ocorre nos dias 8, 9 e 10 de janeiro
A Fundação Universitária para o Vestibular (Fuvest) divulgou em seu site na manhã desta segunda-feira, 19, a lista de aprovados para a segunda fase do vestibular que dá acesso à Universidade de São Paulo (USP) e ao curso de Medicina da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.
Incluindo os treineiros, foram convocados 22.870 candidatos para a segunda etapa da Fuvest. As provas ocorrem nos dias 8, 9 e 10 de janeiro.
No primeiro dia, os candidatos fazem a prova de Português e Redação. No segundo, um exame com questões de História, Geografia, Matemática, Física, Química, Biologia e Inglês. E, no último dia, ocorre a prova específica de acordo com a carreira escolhida.
Neste ano, a Fuvest teve o menor número de inscritos desde 2011. O vestibular recebeu 136.736 inscrições, uma queda de 4,2% em relação ao ano anterior.
A primeira lista de aprovados será divulgada no dia 2 de fevereiro. Ao todo, o edital prevê oito chamadas dos aprovados.
Complexidade. Para professores de cursinho, a queda na nota de corte era esperada já que a complexidade da prova foi muito grande em todas as disciplinas.
Carlos Eduardo Bindi, diretor do Etapa, destacou que a variação das notas deste ano não foi como a de anos anteriores, já que muitos cursos tiveram queda de até cinco pontos – é o caso, por exemplo, de Engenharia na Escola Politécnica em que a nota de corte caiu de 60 para 55 pontos. “A prova foi extremamente exigente em todas as disciplinas, até por isso, as notas caíram significativamente em todas as carreiras, tanto nas de exatas, como biológicas e humanas”, disse Bindi.
Vinicius Haidar, coordenador do Curso Poliedro, disse que neste ano a prova teve uma proporção maior de questões com dificuldade média e difícil do que em anos anteriores. “O aluno não é prejudicado diretamente com isso, porque a nota de corte cai e continuam sendo chamados os mais preparados. Mas altera a concentração do aluno durante a prova, ele fica nervoso por encontrar uma prova mais difícil do que se preparou e pela ansiedade acaba indo pior.”
A orientadora educacional do Cursinho da Poli, Alessandra Venturi, também avaliou que o alto grau de dificuldade da prova interfere no emocional dos estudantes e pode fazer com que muitos se sintam intimidados com o vestibular no próximo ano. “Muitos estudantes já sentem medo da Fuvest. Uma prova difícil como essa vai fazer com que muitos pensem em desistir de prestá-la, por isso, vamos ter que trabalhar muito a autoestima deles.”
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